O Governo dos Açores vai investir cerca de cinco milhões de euros na estabilização da falésia adjacente à Vila do Corvo, visando salvaguardar habitações e infraestruturas, anunciou hoje a porta-voz do Conselho do Governo, Berta Cabral.

Berta Cabral especificou que foi aprovada uma resolução que “autoriza a despesa com a realização de um contrato de empreitada de estabilização da falésia adjacente à Vila do Corvo, mediante concurso público, com o preço base 4.990.000,00 euros e um prazo de execução de 730 dias”.

A secretária regional apresentou, na ilha do Corvo, as conclusões da reunião do Conselho do Governo, realizada hoje, no âmbito da visita estatutária do Governo Regional à ilha, que hoje termina.

A responsável política referiu que a falésia litoral da Vila do Corvo, localizada na costa sueste da ilha, “tem evidenciado, desde há algum tempo, problemas de erosão, pondo em causa a segurança das infraestruturas e habitações localizadas no seu coroamento”.

Os agentes naturais responsáveis pela erosão da falésia são, “essencialmente, a agitação marítima, que provoca a erosão da base da falésia, e as chuvas, cujos caudais superficiais e de infiltração causam a erosão da vertente e o enfraquecimento da capacidade resistente aos deslizamentos das suas formações constituintes”.

Berta Cabral declarou, por outro lado, que está “em vias de ser aprovado um novo concurso público para a aerogare do aeródromo do Corvo”, culminando o executivo a sua visita oficial com “grande satisfação no sentido em que deixa compromissos efetivos de obras em curso”.

A porta-voz salvaguardou que a gare marítima “avançará em breve”, pretendendo-se que a ilha do Corvo “possa cada vez melhor servir as suas populações”, sendo que a mais pequena parcela dos Açores “merece uma especial atenção” depois de ter sido “abandonada durante algum tempo”.

Berta Cabral destacou que a ilha do Corvo, em 2022, apresentou “indicadores surpreendentes em termos turísticos”, em termos comparativos com 2019, tendo os hóspedes crescido 116,4%, enquanto as dormidas aumentaram 68,5% e as receitas 114,6%.

“A média de crescimento da região já foi grande, de 21,1%”, ressalvou.

O executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM decidiu, este ano, começar pela mais pequena parcela da região as suas visitas estatutárias.

De acordo com o estatuto político e administrativo dos Açores, o Governo Regional tem de visitar pelo menos uma vez por ano todas as ilhas do arquipélago que não possuem secretarias regionais, como é o caso das Flores, Corvo, Graciosa, São Jorge, Pico e Santa Maria.

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