O presidente da Câmara Municipal do Corvo, o socialista José Manuel Silva, identificou que existem cerca de 80 casas que necessitam de ser reabilitadas, na zona antiga da vila, para transitarem para o mercado de arrendamento e habitação própria.

O autarca refere que havia um projeto no âmbito da iniciativa Ecomuseu que visava a reabilitação da zona antiga da Vila do Corvo, no âmbito de uma parceira entre o município e a direção regional da Cultura.

Mas “de algum tempo para cá desapareceu, embora institucionalmente, no papel não tenha desaparecido”, tendo sido identificado que há cerca de 80 casas que necessitam de ser reabilitadas”, refere o autarca.

De acordo com o José Manuel Silva, “nem todas as casas a reabilitar seriam para colocar no mercado para o turismo ou aluguer de longa duração, servindo também para habitação própria”, tendo o projeto “falhado porque nunca se conseguiu chegar a consenso de quem seria a entidade gestora”.

No quadro do “aproveitamento do Plano de Recuperação e Resiliência”, o presidente do município do Corvo reuniu esta semana com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a equipa técnica da câmara municipal que está a elaborar a estratégia local de habitação, visando aprovar o projeto “até final deste mês”, na Assembleia Municipal do Corvo.

Uma vez aprovada a estratégia de habitação, esta seguirá para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana para aprovação, sendo que “existem 20 intenções de pessoas que querem recuperar para habitar”.

O presidente do Governo dos Açores defendeu quinta-feira que uma das prioridades para o Corvo passa pelo investimento na habitação visando aumentar a oferta face às necessidades de arrendamento para quem vem para a ilha.

José Manuel Bolieiro considerou que “um dos dilemas que cria dificuldades ao Corvo é o dilema da habitação”, havendo que “olhar para esta prioridade tal como se olhou para o processo da educação, da saúde e das acessibilidades aéreas e marítimas, que já foram resolvidas”.

O líder do executivo açoriano falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ilha do Corvo, na sequência da visita oficial do Governo Regional à ilha.

O executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM decidiu, este ano, começar pela mais pequena parcela da região as suas visitas estatutárias.

De acordo com o estatuto político e administrativo dos Açores, o Governo Regional tem de visitar pelo menos uma vez por ano todas as ilhas do arquipélago que não possuem secretarias regionais, como é o caso das Flores, Corvo, Graciosa, São Jorge, Pico e Santa Maria.

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