O Governo dos Açores criou um Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para o Risco Sismovulcânico da Ilha de São Jorge para regular de “forma eficaz” a resposta a catástrofes, foi hoje publicado em Jornal Oficial.

Segundo a resolução do Conselho do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), as “crises sismovulcânicas registadas ao longo do tempo” justificam a “existência de um Plano Especial” destinado àquela ilha do grupo central dos Açores.

O plano prevê a “descrição com pormenor da atuação das estruturas, agentes e organismos de apoio de proteção civil, com referência às responsabilidades, modo de organização e conceito de operação, bem como a forma como são mobilizados e coordenados os meios e os recursos indispensáveis na gestão do socorro”.

O documento pretende “regular, de modo mais eficaz, a forma como é assegurada a coordenação institucional e a articulação e intervenção das organizações integrantes do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro da Região Autónoma dos Açores (SIOPS-RAA)”.

“São objetivos do Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para o Risco Sismovulcânico para a Ilha de São Jorge: minimizar a perda de vidas e bens, atenuar ou limitar os efeitos, e restabelecer, o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade”, lê-se na resolução publicada em Jornal Oficial.

A ilha de São Jorge está a viver uma crise sismovulcânica, que atingiu o seu pico em março de 2022, quando o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) elevou o nível de alerta na ilha de São Jorge para V4, o que significa “possibilidade real de erupção”.

Devido ao risco de erupção, metade da população abandonou o concelho de Velas (cerca de 2.500 pessoas) no espaço de uma semana, tendo sido reforçadas as ligações marítimas e aéreas à ilha e elaborados planos de evacuação da população.

Já este ano, em setembro, o CIVISA baixou hoje o nível de alerta na ilha de São Jorge de V3 (sinais de atividade elevada) para V2 (sinais de atividade moderada).

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