Os 113 funcionários de atendimento do Instituto de Segurança Social dos Açores (ISSA) estão a reivindicar um suplemento remuneratório e preveem entregar, na próxima semana, uma petição na Assembleia Regional, foi hoje divulgado.
Os peticionários, que desempenham a função de atendedores do ISSA, estão contra “a postura discriminatória” do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM)” e reivindicam um suplemento remuneratório similar ao dos assistente técnicos da Rede Integrada de Apoio ao Cidadão (RIAC).
Num documento enviado à agência Lusa, consideram que o atual cenário “é injusto e discriminatório para os funcionários que exercem funções de assistentes técnicos nos serviços de atendimento do Instituto de Segurança Social e que têm igualmente funções complexas e diversificadas, acompanhando o cidadão desde o nascimento até à morte”.
Em declarações à Lusa, Hélder Soares, um dos autores da petição, admitiu que o documento possa ser entregue “em princípio, na próxima semana”, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na Horta.
A petição, que circula ‘online’, já foi assinada, até ao dia de hoje, por 346 pessoas, indicou.
Os trabalhadores salientam no texto que lidam com “um conjunto apreciável, complexo e sempre crescente de temas e legislações regionais e nacionais que estão em constante atualização”, competindo-lhes “garantir o correto registo e movimento contabilístico dos valores movimentados em articulação com os restantes serviços do ISSA com competência na matéria”.
“Trata-se, portanto, de tarefas de elevado grau de complexidade, com implicações práticas de grande peso do ponto de vista da proteção social dos utentes”, assumem.
Os profissionais realçam também que o universo de temáticas da Segurança Social é enorme e que as constantes atualizações se traduzem numa maior exigência, com trabalho em várias plataformas.
“Não nos compete apenas receber os cidadãos, temos de informar e orientar os cidadãos para os seus direitos e deveres, visto que muitas vezes as pessoas não conhecem os meandros da legislação ou não sabem se expressar”, alegam.
Perante o aumento das taxas dos juros e a elevada inflação, a redução do poder de compra e o agravamento do custo de vida, os autores da petição “exigem uma mais justa repartição da riqueza e a criação de um suplemento remuneratório de modo a combater as desigualdades sociais e melhorar as condições de vida”.