Para primeira rememoração, o dia de ontem 1 de março, de 2022, há 3 anos, um [Conselho Europeu] proibiu a emissão de canais de televisão da Federação Russa no espaço da União Europeia, e.g., Russia Today (RT), Sputnik, etc.
É peculiar a contestação sobre a falta de liberdade de expressão, por quem quer ocupar precisamente nesse espaço tornando a exclusividade, e tiranizar com o modelo colonial os recursos da Ucrânia, por exemplo. Os “indignos vassalos de Washington”, segundo Zbigniew Brzezinski, ex-conselheiro de segurança de Jimmy Carter, estão a perder o jogo do poder pelo precedente da manipulação da informação, em suma ultrapassados pelas sua próprias circunstâncias de “venire contra factum proprium”.
Da União Europeia, aguardemos os resultados da “coligação de convidados” que excluiu os Estados, pró-Moscovo, da Hungria e da Eslováquia, e os Estados menores, anti-Moscovo, como, Letónia e Estónia, dos assuntos europeus mais prementes do presente, mas a que se juntou o Reino Unido, não obstante o Brexit em 2020. Tal equação em nada tem a ver com a “mentalidade de urgência” sugerida por Ursula von der Leyen, mas o estereótipo reativo com um recuo de cerca de 100 anos, ao domínio dos propósitos europeus de modelo hegemónico, como se pode constatar novamente, pelo grupo composto pelos Estados da Alemanha, da Itália, da Espanha, da Dinamarca e da Polónia com interesse em “assimilar a sua parte histórica” em territórios da Ucrânia. Este grupo segregou-se dos 27, o que confirma, se não o paracéfalo corpo face à liderança da União Europeia, o alheamento dos objetivos da lógica da Declaração Schuman, de maio de 1950, dissensa, a partir dos Tratados de Roma, de 1957.
A prevenir contra o risco de alucinação coletiva, à espera das pancadas de Molière, na expetativa autónoma da reação tradicional às formas de negociar dos norte-americanos, já pragmáticas há mais de um século; sob várias manobras de indiferença, como o do cemitério mediterrânico e greco-romano… ‘judaico-cristão’, ou que o absurdo ‘germanexit’ que não se levantará para já, ao passar in casu, a sujeição orquestrada a Zelensky, para fins enfáticos, na cimeira com o presidente e vice-presidente, norte-americanos, na Sala Oval, sublinho, a boçalidade elevada ao estatuto de interesse estratégico, ao invés da propalada cultura dos valores democráticos, anulada por quem tem poder. Por tal “bassesse des attaques ad hominem” … dos atores políticos de uma nova América e várias premissas… rememoremos, Thomas Mann; asseverou, em 1940, no Claremont College, Los Angeles: “Permitam-me que vos diga a verdade: se um dia o fascismo chegar à América, chegará em nome da liberdade.”
Outro recuo de 100 anos; às [fascistíssimas] leis de Mussolini, comparáveis às determinações do “DOGE”, sob esgares da criança aos ombros de Elon Musk, na Casa Branca do tio Donald, deve-se, entre, tanto – de qualquer momento de suspensão intermédio ̶ rememorar a “(…)condescendência que durante anos apontou arrogantemente os erros dos que teriam incautamente deixado crescer o nazi-fascismo nas suas barbas e que jurava que aqueles nunca mais se cometeriam (…)”. Esta passagem como que exumada pelo discurso do atual embaixador de Israel em Portugal, Oren Rosenblat, e a obstinação pelas definições convencionadas de acompanhamento à oratória do diplomata, “(…) com uma pedrinha de sal (…)” suspire-se!
Proficientemente emblemáticos, “Sendo a natureza humana o que é…” ̶ Tucídides ̶ serão a evocação do normativismo e do convencionado a parasitar em certos lugares do agon que mais não fazem do que infletir o âmago da questão, outro mas ̶ Cum grano salis, replico, eu, a rememorar!
Há dias, Alice Weidel, líder do partido de extrema direita, Alternativa para a Alemanha (AfD), a segunda força política neste Estado da UE, capitalizava a atração de judeus pelo seu partido “na faixa dos 4 dígitos” de um universo de 125 000 cidadãos (cento e vinte e cinco mil) que constituem a comunidade judaica. Porém, o responsável pela ala judaica do próprio partido (AfD), contrariou e, limitou o número de ativos em 22 membros. Outras desvalorizações e indignações surgiram contra o propósito de Alice Weidel.
A 23 de março de 1919, a quantidade não confirmada, de 53 homens junta-se num clube, situado na Praça do San Sepulcro, em Milão, para fundar com Benito Mussolini, os Fasci italiani di combattimento, posteriormente em 1922, Partido Nazionale Fascista. A este partido adere, Ettore Ovazza, presidente da comunidade judaica de Turim, e funda o jornal, La Nostra Bandiera, a fim de promover a ideologia fascista junto da comunidade judaica. Mussolini não é antissemita, mantém uma amante judia, abomina, o Führer e o nacional-socialismo, e prospetiva ao líder do Congresso Judaico Mundial, Nahum Goldmann, a continuidade dos judeus como grande povo, quando já nada sobrar de Hitler, na reafirmação de que os italianos e os judeus são grandes povos.
Que nos valham os Checks and Balances, face à reincidência dos crimes comuns de complacência.