O gabinete do deputado eleito pelo Chega Miguel Arruda no parlamento foi hoje alvo de buscas e apreensões, numa ação presidida por uma magistrada do Ministério Público, lê-se numa nota da Assembleia da República.

“Foram hoje realizadas buscas e apreensões no gabinete do deputado Miguel Arruda na Assembleia da República. Esta ação foi presidida por magistrada do Ministério Público, tendo a Assembleia da República prestado toda a colaboração na realização da diligência”, refere-se.

Na sexta-feira, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou que o deputado eleito pelo Chega no círculo dos Açores – constituído arguido por suspeita de futuro de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada – tinha passado à condição de não inscrito.

Fonte da PSP confirmou à agência Lusa que estavam em curso diligências, com realização de buscas, escusando-se, para já, a avançar mais pormenores.

Já sobre esta operação, a assessoria de imprensa do Chega divulgou uma mensagem segundo a qual o partido “autorizou hoje que as autoridades policiais e judiciárias se deslocassem ao gabinete” do deputado Miguel Arruda, que passou à condição de não inscrito na sexta-feira.

Segundo o partido liderado por André Ventura, “as autoridades pediram acesso e o Chega facultou esse acesso depois de já ter alertado o presidente da Assembleia da República, na ultima quinta-feira, para a situação e tendo solicitado hoje, por email, a remoção das malas”.

Na quarta-feira, foi noticiado que Miguel Arruda tinha sido constituído arguido por suspeita de furto de malas, depois de na terça-feira a PSP ter realizado buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.

Na quinta-feira, Miguel Arruda, após uma reunião com André Ventura, na Assembleia da República, comunicou que iria desfiliar-se do Chega, partido pelo qual foi cabeça de lista pelos Açores, e passar a deputado não inscrito.

 

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