O Sporting apurou-se hoje para os quartos de final da Taça de Portugal em futebol, ao vencer na receção ao Santa Clara por 2-1, após prolongamento, no jogo que abriu os oitavos de final da prova.
Depois de uma igualdade sem golos no final da primeira parte, os ‘leões’, que recentemente foram batidos pela equipa açoriana em Alvalade por 1-0 para o campeonato, chegaram à vantagem apenas aos 74 minutos, através do dinamarquês Conrad Harder, mas ainda permitiram que o Santa Clara igualasse, aos 90+8, por Pedro Ferreira, levando o jogo para tempo extra.
No prolongamento, e numa altura em que os penáltis começavam a ser hipótese, um erro da defesa açoriana permitiu ao avançado sueco Viktor Gyökeres isolar-se e voltar a colocar os ‘leões’ em vantagem, aos 113 minutos.
Os oitavos de final prosseguem no sábado, com dois duelos entre equipas de escalões inferiores, Tirsense-Rebordosa, do Campeonato de Portugal, e Oliveira do Hospital-São João de Ver, da Liga 3, o que garante já a presença destas divisões nos ‘quartos’.
Em 12 de janeiro de 2025, disputam-se mais três jogos: o Elvas (CP)-Vitória de Guimarães (I), às 14:00, o Casa Pia (I)-Rio Ave (I), às 16:45 e o Gil Vicente (I)-Moreirense (I), às 19:45.
A eliminatória fecha com a receção do Farense ao Benfica, em 14 de janeiro, e do Sporting de Braga ao Lusitano de Évora, do Campeonato de Portugal, no dia seguinte.
Sporting ultrapassa Santa Clara com trabalho extra e muitos nervos
O Sporting precisou hoje do prolongamento para eliminar o Santa Clara, por 2-1, após 1-1 no tempo regulamentar, nos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol, continuando sem convencer na ‘era’ João Pereira.
No Estádio José Alvalade, em Lisboa, Conrad Harder, aos 74 minutos, colocou a formação ‘leonina’ na frente, mas Pedro Ferreira, aos 90+8, obrigou a mais 30 minutos de duelo, nos quais Viktor Gyökeres foi decisivo, aos 113, dando a passagem aos quartos de final.
O Sporting de João Pereira continua longe da qualidade futebolística evidenciada sob o comando de Ruben Amorim, mas sobrevive, a muito custo, na Taça de Portugal, num jogo com muitos cartões e em que Ricardo Esgaio, no banco, e Jeremiah St. Juste foram expulsos.
João Pereira manteve o ‘onze’ inicial sportinguista que venceu o Boavista, por 3-2, na I Liga, enquanto o treinador Vasco Matos promoveu seis alterações no Santa Clara, em relação à equipa que saiu derrotada na visita ao Arouca, por 1-0, no passado domingo.
A turma lisboeta até mostrou vontade em desfazer as dúvidas sobre o momento atual, mas esbarrou novamente num Santa Clara muito organizado e coeso defensivamente, sem permitir facilidades ao ataque ‘leonino’, mais uma vez a mostrar-se desinspirado.
O reflexo da desinspiração foi um pontapé de canto cobrado por Geovany Quenda, que foi parar quase a Franco Israel, no seu meio-campo defensivo, ‘destruindo’ uma jogada de eventual perigo, com o jovem a ser o maior protagonista da primeira parte do jogo.
Uma perdida inacreditável de Geovany Quenda, aos 16 minutos, após um bom trabalho de Geny Catamo, fez lembrar um mítico falhanço de Bryan Ruiz, em 2015/16, quando, praticamente em cima da linha de golo, atirou para fora a bola quando o estádio já celebrava, em jogo contra o Benfica.
A espaços, o Santa Clara foi procurando chegar à baliza contrária, mas sem incomodar, tendo o Sporting até marcado, aos 40, num lance invalidado pelo videoárbitro devido a um toque de Hjulmand com o braço, antes de atirar ao poste e bater no guarda-redes.
Ao intervalo, Gabriel Silva entrou para o lugar de João Costa no Santa Clara, numa fase em que o futebol lento e previsível do Sporting prosseguia e o nervosismo na bancada idem, embora os ‘verde e brancos’ somassem ocasiões claras de perigo desperdiçadas.
Geovany Quenda encontrou espaço pela esquerda e cruzou rasteiro para o interior da área, com a bola a sobrar para Francisco Trincão, que viu Frederico Venâncio efetuar um corte providencial junto da sua baliza, mantendo o resultado inalterado na partida.
O nervosismo do estádio chegou aos jogadores e prova disso foi a expulsão no banco de Ricardo Esgaio, aos 64, com dois cartões amarelos de seguida, por protestos, saindo de campo agarrado e alterado, tendo-se dirigido à equipa de arbitragem de uma forma ostensiva.
Jeremiah St. Juste e Conrad Harder foram as primeiras apostas de João Pereira, apenas aos 72, com o dinamarquês a revelar-se de imediato uma aposta certeira, ao colocar o Sporting na frente, aos 74, encostando um belíssimo cruzamento de Geovany Quenda.
De livre direto, Viktor Gyökeres falhou o alvo por muito pouco, aos 84, mas foi o Santa Clara a ser feliz, com Pedro Ferreira, aos 90+8, a levar o duelo para prolongamento, já depois dos remates muito perigosos de Gabriel Silva (90+4) e Guilherme Ramos (90+7).
No prolongamento, Francisco Trincão e Viktor Gyökeres testaram Neneca, mas, já com o estreante Mauro Couto, o sueco aproveitou um terrível atraso de Frederico Venâncio para assegurar a passagem, aos 113, tendo Jeremiah St. Juste ainda sido expulso, aos 120+1.