A aplicação de tecnologia avançada na monitorização da viticultura foi o destaque do primeiro painel das II Jornadas da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, que decorreu esta quinta-feira.
Especialistas abordaram temas que vão desde a inteligência artificial ao uso de satélites e drones, destacando a recolha de dados como uma ferramenta essencial para decisões mais eficazes na viticultura.
Joaquim Sousa e Raul Morais, investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, apresentaram estudos realizados em vinhas no continente. Sousa enfatizou a importância de soluções partilhadas para pequenos produtores, enquanto Morais reforçou a necessidade de tecnologias preventivas, especialmente face às mudanças climáticas.
Cátia Pinto, da Smart Farm Colab, apresentou o projeto Vinhas da Terceira, uma iniciativa financiada pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, com foco na introdução de intervenções tecnológicas na região dos Biscoitos.
Já Duarte Mendonça trouxe à discussão o Projeto AzVirusFreeGrapes, liderado pelo Centro de Biotecnologia dos Açores, que visa o melhoramento fitossanitário das castas tradicionais da região, sob encomenda do Governo Regional.
A sessão encerrou com a apresentação de Miguel Amorim sobre os desafios práticos da vitivinicultura, incluindo o uso de produtos fitofarmacêuticos. As jornadas prosseguem com mais debates e partilha de conhecimento, consolidando o papel dos Açores como referência em inovação vitivinícola.