O PS ganhou as eleições europeias de hoje em 11 dos 18 distritos do continente, com a AD a vencer nos restantes e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

O distrito de Castelo Branco foi onde os socialistas (oito eurodeputados) obtiveram o melhor resultado nas eleições (37,94%) e a AD (sete eurodeputados) teve na Madeira a sua votação mais expressiva, com 42,65%.

O Chega, que foi a terceira força (dois eurodeputados) teve o seu melhor resultado em Faro (14,34%). Já a IL (dois eurodeputados) obteve em Lisboa a sua melhor votação (9,57%).

No Porto, o BE (um eurodeputado) teve o seu melhor resultado (4,43%), enquanto a CDU (um eurodeputado) conseguiu em Beja a melhor votação (15,4%).

Nestas eleições, pela primeira vez, foi possível votar em qualquer mesa de voto, independentemente do local de recenseamento, o chamado voto em mobilidade.

A lista da CDU, liderada por João Oliveira, foi a terceira mais votada nos três distritos que compõem o Alentejo, recuperando o pódio nas eleições europeias de hoje, após um crescimento continuado do Chega nas eleições nacionais.

Natural de Évora, João Oliveira contou com o apoio da sua região para a sua eleição para Bruxelas, obtendo um total de 18.266 votos em Portalegre, Évora e Beja, contra 17.392 do Chega.

Nas eleições legislativas de março, o Chega ficou sempre à frente da CDU naqueles distritos do Alentejo, antigos bastiões comunistas que contribuíram para a forte subida do partido de André Ventura.

Por seu turno, a Iniciativa Liberal (IL) foi a terceira formação política mais votada nos três maiores distritos do país, Lisboa, Porto e Braga, à frente no Chega, para quem perdeu no plano nacional, por 26 mil votos.

No plano nacional, o Chega ganhou à IL nas regiões autónomas e em 12 dos distritos nacionais, ficando a IL apenas com Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Aveiro e Leiria.

Nalguns distritos, o Chega ganhou com mais do dobro dos votos que a IL (Vila Real, Bragança, Portalegre e Beja).

O Livre, que queria manter o crescimento das eleições legislativas, ficou aquém dos objetivos, a 27 mil votos do último lugar europeu elegível, obtido pelo PS.

Ainda fora do Parlamento Europeu, o ADN, que se afirmou como a nona força política nacional nas legislativas, subiu um lugar à custa do PAN, que perdeu o seu eurodeputado, conquistado há cinco anos.

E em Vila Real, o ADN conseguiu chegar ao sexto lugar, acima do Livre e do PAN.

 

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