A recolha seletiva de resíduos em São Miguel, a maior ilha dos Açores, aumentou 5,7% em 2023, comparativamente com o ano anterior, enquanto a recolha indiferenciada diminuiu 6%, foi hoje anunciado.

“Os crescimentos nas taxas das recolhas seletivas de plástico/metal cifraram-se nos 8%; de papel/cartão nos 2,1 %; e de vidro nos 9,8%. Assim, na recolha seletiva trifluxo [plástico/metal, papel/cartão e vidro], verificou-se uma variação positiva de 5,7%, em 2023, comparativamente a 2022”, adiantou a MUSAMI – Operações Municipais do Ambiente, que detém o Ecoparque da ilha de São Miguel.

Segundo a nota, a empresa recebeu e geriu, ao longo de 2023, um total de 83.661 toneladas de resíduos sólidos urbanos.

Acrescenta que 56.363 toneladas de resíduos “foram provenientes da recolha indiferenciada na ilha de São Miguel, números que denotam um decréscimo de 6%, em relação às 59.780 toneladas recolhidas em 2022”.

As restantes 27.298 toneladas recolhidas são de resíduos provenientes de recolha seletiva, o que representa uma variação positiva de 11%, em relação ao ano anterior (24.537 toneladas).

Relativamente à recolha seletiva trifluxo, a MUSAMI recebeu no ano passado, de toda a ilha, 2.803,1 toneladas de plástico/metal (ultrapassando as 2.596,2 toneladas do ano anterior), 4.706,6 toneladas de papel/cartão (um aumento ligeiro em relação às 4.609,6 toneladas recebidas em 2022) e 2.837,9 toneladas de vidro (também um aumento relativamente às 2.585,3 toneladas do ano anterior).

A fonte refere ainda que foram recebidas 12.881 toneladas de resíduos verdes (provenientes de podas de árvores e jardinagem), o que demonstra um aumento de cerca de 9% comparativamente com 2022 (11.807 toneladas)

Já a receção, no Ecocentro, de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) registou 190,2 toneladas (em 2022 foram 164,6) e a recolha seletiva de resíduos biodegradáveis de cozinha, iniciada em novembro e dezembro, foi de 155 toneladas.

No que respeita aos resíduos de embalagens (papel/cartão, plástico/metal e vidro), em 2023 a MUSAMI valorizou 8.335 toneladas, o que se refeletiu numa variação positiva de 5% relativamente ao ano anterior.

Foi igualmente possível desviar de aterro cerca de 12.881 toneladas de resíduos verdes (um aumento de 3% comparativamente com o ano transato), que foram encaminhadas para compostagem e cujo produto final é o substrato orgânico, 100% natural, SO-MUSAMI.

Ainda de acordo com a nota, do total de resíduos sólidos urbanos provenientes da recolha indiferenciada, foram encaminhadas 8.777 toneladas para o Centro de Tratamento Mecânico, para valorização.

Em 2023, ano do arranque em pleno da respetiva operação, “foi possível, por exemplo, recuperar e encaminhar 1928,24 toneladas de biorresíduos para o Centro de Tratamento Biológico, bem como 491 toneladas de resíduos para o Centro de Triagem e 61 t para o Ecocentro”.

A fonte destaca ainda que no ano passado a MUSAMI tratou 22.071 m3 de águas lixiviantes por osmose inversa e produziu cerca de 1.405.992 kwh de energia elétrica através do aproveitamento de biogás.

A MUSAMI, criada a 19 de dezembro de 2006, tem sede na Ribeira Grande e detém o Ecoparque da ilha de São Miguel, para onde são encaminhados os resíduos dos concelhos de Lagoa, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande, Vila Franca do Campo e Nordeste.

 

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