O líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, esteve hoje na Escola Secundária Antero de Quental, para uma conferência intitulada “50 anos de Democracia, que desafios para o Futuro?”, onde desafiou os jovens a serem os principais actores do seu futuro.

Numa conferência, onde estiveram representantes de partidos com assento na Assembleia Legislativa Regional, José Pacheco destacou o “momento histórico” em Portugal, “quando se cortou com uma ditadura”, alertando que actualmente também há “ditaduras democráticas” onde a vontade de quem lidera é imposta.

Apesar de considerar importante o 25 de Abril de 1974, José Pacheco reforçou que foi a 25 de Novembro de 1975 que se consolidou, efectivamente, a democracia, dando a oportunidade – 50 anos depois – de vários partidos políticos, com diferentes ideologias, estarem presentes na mesma sala a participar num evento comum.

Perante uma plateia de jovens estudantes, o líder parlamentar do CHEGA apelou a que os jovens de hoje lutem por mais oportunidades, pelo mérito, por respeito, ou seja, na prática, por um futuro melhor. “Vocês têm de cuidar do futuro. O futuro está nas vossas mãos”, rematou.

No final de cada intervenção dos representantes partidários, os alunos tiveram oportunidade de se dirigir a cada um dos partidos. Ao CHEGA questionaram sobre formas de evitar que os jovens formados abandonem a Região, e o país, em busca de melhores condições de vida.

José Pacheco defendeu que se criem condições para fixar os jovens, nomeadamente através do “trabalho mínimo garantido”, que garanta que se gere economia através da acção dos privados. Mas, para que os jovens se fixem na sua terra, talvez “seja necessário pedir o retorno da formação que é dada pela Região, seja profissional, seja superior”, garantindo que os jovens também contribuam para o desenvolvimento da sua terra, na sua área de formação.

Numa outra questão, onde se perguntaram medidas do CHEGA para que haja igualdade de oportunidades no ensino superior, José Pacheco reforçou que o Estado tem de criar essas oportunidades – para que os jovens Açorianos possam ir estudar para fora – tendo depois de retribuir à Região, trabalhando na sua terra. “Mas, volto a dizer, está nas mãos dos jovens esta mudança”, concluiu.

No final da conferência “50 anos de Democracia, que desafios para o Futuro?”, houve a deposição de uma grinalda de cravos junto à lápide com o nome dos alunos do Liceu que faleceram na Guerra Colonial, e escutaram-se relatos de quem esteve nesse mesmo cenário de guerra.

PUB