Não há outra maneira de dizer isto, o turismo cresce como nunca nos Açores. Qualquer que seja o indicador da atividade, os resultados são significativamente melhores do que em tempos passados. É verdade que também é assim noutras regiões do país, mas isso não retira mérito aos ganhos que vamos registando.
Comparativamente a 2019, o melhor ano até à pandemia, o crescimento do número de hóspedes, das dormidas e dos proveitos é exponencial, sinal evidente do sucesso que o setor vai alcançando.
Esta dinâmica de crescimento, que vem de há anos, mas sobretudo depois da liberalização do espaço aéreo, criou nos operadores e na população em geral a ideia de que o turismo vai continuar a desenvolver-se, sempre em sentido positivo. Tanto assim é que ao menor sinal de contenção ou desaceleração, mesmo que mensal, logo se levantam as habituais vozes da desgraça, augurando insucessos e tragédias que os dias seguintes acabam por desmentir.
A redução da operação da Ryaner de novembro a março passados foi encarada com a fatalidade do costume. Mas quando falta apurar apenas o último daqueles meses do chamado “inverno IATA” não se confirmam os agoiros e lamentos que se ouviram na praça. Pouco importa até o número de passageiros desembarcados, que também subiu consideravelmente (mais 36 mil). Interessa, sim, avaliar quanto cresceram as dormidas, os dias efetivamente passados pelos turistas na Região e por isso com impacto direto nos proveitos do turismo. Melhor não podia ter sido, mais 18 mil dormidas de novembro a fevereiro.
Estamos ou não a reduzir a sazonalidade?