Primeira – Com maior ou menor diferença, quase todos os destinos turísticos têm a sua sazonalidade. A procura faz-se em razão da estação, de uma tipologia climática específica, e também de outras circunstâncias do calendário, como as férias escolares e eventos festivos, religiosos elaicos.
Os Açores não fogem a esta lógica e dinâmica dos mercados, registando tradicionalmente uma acentuada sazonalidade no chamado “inverno IATA”, nos meses de novembro a março. Reduzir esta discrepância na atividade turística é o desafio que se coloca ao setor e aos responsáveis políticos da Região. O esforço de todos, mais ou menos conjugado, e a apetência do viajante por destinos mais remotos tem contribuído para o esbatimento dessa sazonalidade, obviamente com o impulso da liberalização do espaço aéreo e a operação de companhias aéreas low-cost.
Os anos de 2022 e 2023 são os melhores de sempre do turismo açoriano, por exemplo, tomando o número de dormidas. Os números são irrefutáveis e só a miopia mental de certa gentinha pode dizer o contrário. Na análise dos meses em questão o resultado é idêntico. Veja-se o registo de novembro a fevereiro passado, o último com números apurados. Não há paralelo comidêntico período da governação socialista…
Segunda– Tomo por boa a definição de um velho dicionário. No seu étimo, sazonalidade corresponde a algo que tem duração limitada. Há, por isso, sazonalidades emocionais, estado de espírito de pouca dura. Também politicamente falando. Há gentinha que salta entre partidos, do centro à esquerda,em busca de fama e proveito.