A IL/Açores considerou hoje que as contas públicas divulgadas pelo INE “comprovam todas as preocupações” e “exigências” que o partido tem vindo a colocar na agenda política da região.

Segundo uma nota de imprensa daquela força política, “ao contrário das realidades da Madeira e da República, que, por esta altura, estão a vangloriar-se com os maiores superavits da história da democracia portuguesa, nos Açores o que há para apresentar é a maior dívida pública da história da autonomia”.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a dívida dos Açores cresceu em 2023 139 milhões de euros, ficando em 3,2 mil milhões de euros.

Segundo os liberais, os governos da região “continuam a hipotecar o futuro destas ilhas, o futuro das novas gerações de açorianos, ao apresentarem valores superiores a 3,2 mil milhões de euros de dívida pública”.

“Atingimos um tal patamar de endividamento que, a cada açoriano, as sucessivas governações regionais já imputaram, sem lhes perguntar se estavam disponíveis a pagar este preço, uma dívida de 13,5 mil euros”, refere a IL/Açores.

A IL/Açores diz que, “atualmente, os Açores pagam em juros mais do dobro do investimento público previsto para o setor da educação e já supera também o total de investimento público anual para o setor da saúde”.

Dados divulgados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram que o Estado alcançou um excedente histórico de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, superando a meta de 0,8% inscrita no relatório do Orçamento do Estado para 2024.

O excedente orçamental no ano passado foi superior em mil milhões de euros ao orçamentado, sobretudo devido a um contributo maior do que o estimado da receita contributiva e fiscal.

Também na segunda-feira, o secretário regional das Finanças da Madeira revelou que a região registou um excedente orçamental de 25,3 milhões de euros em 2023, interrompendo um ciclo de três anos de défice.

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