Joana Bettencourt defende um aumento geral de salários e quer acabar com a enorme desigualdade salarial entre homens e mulheres. No encerramento da campanha do Bloco nos Açores, António Lima apelou ao voto com convicção na esquerda e alerta que “votar no mal menor pode trazer surpresas desagradáveis” como uma maioria absoluta do PS.
No dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, as primeiras palavras de Joana Bettencourt serviram para alertar para uma grande injustiça que persiste no mundo do trabalho: “As mulheres recebem, em média, menos 20% do que os homens para desempenhar as mesmas funções”.
“Ainda há muito por fazer”, afirmou a candidata, assinalando que para alcançar a igualdade de direitos entre homens e mulheres é necessária “uma mudança de mentalidades”.
E nesta luta pela igualdade entre homens e mulheres, “para alcançar verdadeiros avanços é preciso reforçar o Bloco de Esquerda”, aponta a candidata, que alerta para os perigos da direita nesta matéria: “A direita já mostrou nesta campanha que quer implementar retrocessos nos direitos das mulheres”, como na Interrupção Voluntária da Gravidez, por exemplo.
Relativamente aos direitos dos trabalhadores, além de um aumento geral dos salários, que têm sido afetados pelo enorme aumento da inflação, o Bloco propõe também um aumento imediato do salário mínimo para os 900 euros – 945 nos Açores – e um aumento anual igual à inflação e mais 50 euros.
O Bloco propõe ainda relançar a contratação coletiva para proteger os direitos dos trabalhadores, combater a precariedade e reduzir o horário de trabalho para as 35 horas semanais, “para que toda a gente possa ter uma vida para além do trabalho”, explica Joana Bettencourt.
O Bloco “é o partido que tem uma política de exigente, que quer avanços no trabalho, na habitação, e nos serviços públicos”, concluiu a candidata do Bloco à Assembleia da República pelos Açores.
António Lima, coordenador regional do Bloco de Esquerda nos Açores lembra que “em 2022 foi o voto útil que levou a uma maioria absoluta do PS que só trouxe problemas para os Açores e para o país”, e considera que “é preciso romper com esta política da maioria absoluta e construir uma política de esperança”.
E foi isso que o Bloco fez ao longo das últimas semanas: “uma campanha pela positiva, com ideias para o futuro dos Açores e do país, apelando a um voto de convicção”, explicou António Lima.
O coordenador do Bloco diz que “o país não avança quando se escolhe o mal menor” e que “as pessoas têm mais direitos e uma vida melhor se votarem naquilo em que acreditam”.
“O voto no Bloco de Esquerda é este voto da esperança”, concluiu António Lima.