O presidente do PS, Carlos César, considerou hoje que Pedro Nuno Santos “é claramente melhor” do que o líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, e que tem uma proximidade ao país que o principal adversário não tem.
“Aquilo que me parece essencial de verificar nesta eleição é que Pedro Nuno Santos é claramente melhor do que Luís Montenegro. É alguém que cresceu num ambiente familiar que acompanhou o desenvolvimento das empresas, das pequenas e médias empresas. É um economista bem preparado, capaz de se confrontar com os desafios que a governação hoje exige num momento tão difícil como aquele em que vamos estar”, disse Carlos César.
Para o presidente do PS, o candidato e líder do seu partido é, “muito mais do que Luís Montenegro, uma pessoa sensível e preocupada com aquilo que são os problemas das famílias, os problemas dos jovens, os problemas das empresas”.
“Tem essa proximidade em relação ao país real que Luís Montenegro não tem”.
Carlos César falava hoje aos jornalistas em Ponta Delgada, em São Miguel, nos Açores, onde votou antecipadamente nas eleições legislativas.
Questionado quanto à presença de antigos líderes partidários nesta fase da campanha eleitoral, o socialista respondeu que se forem pessoas “que possam trazer um testemunho útil ao país” não vê “nada que impeça essa presença”.
“Felizmente participam na campanha o professor Cavaco Silva e o doutor Passos Coelho, e isso dá bem a noção daquilo que nós não queremos ver repetido em Portugal”, observou.
O também presidente honorário do PS/Açores, que liderou o Governo Regional açoriano durante 16 anos e que é membro do Conselho de Estado, disse ainda acreditar que nas eleições legislativas de dia 10 o seu partido tenha “uma grande vitória” na região.
“Porque é uma vitória merecida. Merecida pelo trabalho que o Governo [da República] fez ao longo destes anos em relação à Região Autónoma [dos Açores] e também, modéstia à parte, pela qualidade da nossa representação parlamentar testada neste último ano e meio”, justificou.
Carlos César, que votou hoje antecipadamente, chegou pelas 11:00 locais (12:00 em Lisboa) ao edifício da Câmara Municipal de Ponta Delgada, em São Miguel, acompanhado pela esposa, e dirigiu-se para a secção de voto número n.º 1.
Esteve cerca de seis minutos na fila e, pelas 11.08 locais (12:08 em Lisboa) colocou o envelope com o boletim de voto na urna.
Com o seu voto antecipado, admitiu que também procurou dar o exemplo aos portugueses para votarem no ato eleitoral de dia 10.
“Espero que haja uma boa votação, porque se houver uma votação envolvendo muitas pessoas, de certeza que essa votação corresponderá mais ao sentimento real dos portugueses”, concluiu.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no dia 10 para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas – 15 partidos e três coligações.