A Associação Agrícola de São Miguel e a Associação dos Jovens Agricultores Micaelenses lamentaram hoje a descida do preço do leite implementada pela Insulac e pela Prolato, alegando que contrariam a tendência “positiva dos mercados lácteos”.

Em comunicado, as associações referem que a indústria de laticínios “Insulac baixou o preço de leite aos seus produtores em fevereiro, em média 1,5 cêntimos por litro, acompanhando a Prolacto, que tinha baixado em janeiro, em média dois cêntimos por litro”.

“Estas descidas contrariam de uma forma clara e objetiva a tendência positiva dos mercados lácteos a nível nacional e internacional”, lê-se numa nota conjunta das duas organizações.

Para as associações, “esta atitude constitui uma afronta aos produtores de leite, sendo completamente injustificada neste período”, alertando que “os custos de produção permanecem em alta”, embora já se tenham verificado algumas descidas, nomeadamente nas rações, no gasóleo agrícola e nos fertilizantes.

Por isso, as associações reiteram a necessidade de “um mecanismo como a redução voluntária da produção de leite”, já que algumas indústrias “continuam a implementar estratégias antigas”, que “passam sempre por penalizar os produtores, abdicando de valorizar os seus produtos nos mercados”.

“A modernização de algumas indústrias que foi sendo realizada ao longo dos anos não serviu para contrariar a estratégia que não protege a fileira e, ao invés, contribui para desacreditar a excelência do nosso leite”, lê-se no comunicado.

 

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