O porta-voz do PAN/Açores afirmou hoje que “a política nem sempre está de braço dado” com a vila piscatória de Rabo de Peixe e com aquela comunidade, alertando para as dificuldades que os pescadores enfrentam nesta atividade.
“A vila de Rabo de Peixes, uma das maiores localidades dos Açores, tem um potencial enorme, mas a política nem sempre está de braço dado a Rabo de Peixe e à sua comunidade”, assinalou Pedro Neves, cabeça de lista do partido pelos círculos de São Miguel e da compensação às eleições regionais antecipadas de 04 de fevereiro.
Durante uma ação de campanha pelas principais ruas da vila de Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, o candidato ouviu de uma habitante preocupações relacionadas com as dificuldades dos pescadores.
“É uma comunidade piscatória. É feita de pescadores. É um emprego extremamente difícil e verificámos nos últimos anos que não estamos a dar aquilo que deve ser dado aos nossos pescadores. Os pescadores reformados, a maior parte, nem 500 euros recebe. Ser pescador não é fácil e ser pescador reformado ainda é muito mais difícil”, sustentou o porta-voz do PAN/Açores, aos jornalistas.
Recordando que já residiu em Rabo de Peixe, defendeu que é preciso olhar para a vila como parte integrante do concelho e promover a localidade piscatória.
Pedro Neves sublinhou que o programa eleitoral do PAN, já tornado público, “é coeso e ambicioso, exatamente como foi em 2020”.
Este programa demonstra que “nós somos uma alternativa, que nós queremos dar uma política diferente nos Açores”, acrescentou.
Insistindo no reforço do grupo parlamentar do PAN no parlamento açoriano, o candidato lembrou as mudanças que ocorreram nos últimos três anos, nomeadamente a guerra na Ucrânia, o aumento dos impostos, assim como o problema do custo das matérias-primas.
“Temos medidas concretas em pilares fundamentais para a sociedade, nomeadamente a saúde, a educação e o nosso ambiente que está interligado com a soberania alimentar e com o nosso mar”, sublinhou.
Quanto à sondagem da Aximage para o jornal Açoriano Oriental e para a Rádio Açores/TSF, publicada hoje, sobre as eleições regionais, Pedro Neves disse que estes estudos “valem o que valem”, admitindo que até possa ter dado “um pouco de motivação”, alegando que “os açorianos viram” que o PAN foi “um partido extremamente trabalhador nos últimos três anos” com propostas e iniciativas para as necessidades da região.
“As pessoas têm que votar e não deixem que a abstenção ganhe”, acrescentou.
Segundo a sondagem da Aximage – Comunicação e Imagem para a Açormédia, a coligação PSD/CDS-PP/PPM recolhe 36,6% das preferências dos inquiridos, o PS 33,5%, o Chega 6,3%, o Bloco de Esquerda (BE) 1,9% e a mesma percentagem de inquiridos dizem votar no PAN (1,9%).
Quanto à Iniciativa Liberal (IL) tem na sondagem 1,4% das intenções de voto e a CDU reúne 1,3%.
Ainda de acordo com a sondagem, 13,3% dos inquiridos estão indecisos em quem votar nas eleições de 04 de fevereiro.
A amostra abrangeu 411 pessoas maiores de 18 anos residentes da Região Autónoma dos Açores.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais: PSD/CDS-PP/PPM, ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.