Já devemos estar perto da promessa que dá título a este texto. Ainda não chegámos aí, mas depois de ler promessas e mais promessas…
Ora vejam lá: redução de impostos; aumento generalizado de rendimentos, apoios sociais e subsídios; semana de 4 dias na administração pública regional; importação de pessoas para combater a desertificação; aumento exponencial de creches em todas as ilhas; juras de amor à tarifa Açores; Sata 100% pública, 100% privada ou até extinta; pagamento máximo de 134 euros para ir à Primark e sem passar pelos CTT; reativação do transporte marítimo de passageiros e viaturas; obras novas em todas as freguesias; aeroportos e portos melhores do que novos; habitação para todos; médicos e enfermeiros com fartura bastante; carreiras todas regularizadas; 6 ou menos pontos para mudar de posição remuneratória; justiça para os bombeiros; salário mínimo regional nos mil euros daqui a uns dias; transportes públicos terrestres quase gratuitos ou mesmo gratuitos; jornais gratuitos; apoio para toda a comunicação social pública e privada; pontes para e entre ilhéus; cheques farmácia; comparticipação quase total de consultas e exames no privado; introdução de uma moeda regional; incentivos à fixação de professores nas ilhas mais pequenas e não só; criar um hospital veterinário público; criar incentivos à dedicação exclusiva no Serviço Regional de Saúde; patrocinar o interesse pela arte nas suas variadas dimensões; assegurar a existência de um centro de recolha oficial de animais em cada município; promover programas educativos, ocupacionais e de inclusão para crianças e idosos; reduzir o número de alunos por turma; introduzir a disciplina de língua gestual portuguesa desde o 1.º ciclo; incentivos à criação de hortas pedagógicas nas escolas; alteração da lei de finanças regionais por forma a aumentar as transferências para os Açores; extinção do representante da república; poder de decisão das regiões autónomas na questão do mar… Ufa!!!
E nem a metade devo ir. Mas julgo que já perceberam, como se diz nas feiras, “há para a menina, e para o menino”.
Há, no fundo, para todos os gostos e feitios! Não sei bem onde foram inventar esta maneira de “fazer política”.
Mas, não querendo ser desmancha prazeres, tenho a informar que isto não resulta. A mensagem, se a ideia é que seja assimilada, deve ser curta, direta e positiva! Um rol de promessas, centenas de carateres e mais carateres, embrulhados num manto muito escuro de críticas e mais críticas, não dá um único voto.
Tal como não dá votos dar o dito pelo não dito. Ou ainda perder tempo de antena a puxar por ausentes.
E que tal apresentarem 3 ou 4 ideias (no máximo!) que demonstrem a diferença entre projetos? Ideias para os Açores de amanhã e não penitências sobre os Açores de ontem! Fica a dica… se é que ainda há tempo!