A estrada onde ocorreu uma derrocada, na ilha Terceira, nos Açores, vai continuar encerrada “por tempo indeterminado” devido à instabilidade dos taludes, na sequência dos sismos e réplicas que têm ocorrido, foi hoje anunciado.
Em 14 de janeiro ocorreu na estrada regional no troço próximo ao miradouro da freguesia do Raminho (concelho de Angra do Heroísmo), Açores, uma derrocada, logo após um sismo de magnitude 4,5 na escala de Richter.
No dia seguinte, dois técnicos do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC) deslocaram-se à ilha Terceira para fazer “uma avaliação técnica ‘in loco’ à estabilidade dos taludes”, na zona onde ocorreu a derrocada.
Numa nota enviada hoje às redações, a Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas informou que a circulação rodoviária na Estrada Regional 1-1.ª Cabo do Raminho, na freguesia do Raminho, ilha Terceira, “permanecerá interrompida, por tempo indeterminado, por questões de segurança da população, decorrentes da instabilidade dos taludes, na sequência dos sismos e réplicas, que têm ocorrido”.
“Enquanto permanecer a atual crise sísmica não há condições para intervir nos taludes nem retomar a circulação viária”, lê-se na mesma nota.
Logo que existam condições, “uma equipa especializada” vai deslocar-se ao local, para “provocar” a queda “controlada de elementos rochosos em risco de caírem na via”, refere-se ainda na nota.
O local em causa é “uma zona de taludes, com muitos extratos rochosos de dimensões consideráveis”, onde “ocorreram algumas fissuras”, acrescenta.
Estão ainda a ser preparados “ensaios geológicos e geotécnicos, bem como a topografia do local para posterior execução do projeto”.
Segundo divulga o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), na sua página na Internet, os abalos que têm sido registados na Terceira inserem-se na crise sismovulcânica em curso na ilha desde junho de 2022.