O presidente do PS considerou hoje que a decisão de dissolver a Assembleia da República reforçou o clima de incerteza e disse partilhar das preocupações do Presidente da República na sua mensagem de Ano Novo.
“Infelizmente, no plano nacional, a decisão de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas, tomada pelo Presidente da República, reforçou o clima de incerteza e prejudicou a confiança num percurso de expectativas económicas seguras que estavam a ser alcançados”, afirmou Carlos César.
O dirigente socialista reagia na sede do PS/Açores, em Ponta Delgada à mensagem de ano novo de Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com o socialista, a resposta de um PS “rejuvenescido é oferecer a segurança, tranquilidade e a estabilidade necessárias”.
Carlos César pediu aos portugueses que “emprestem a confiança para, com Pedro Nuno Santos como primeiro-ministro de Portugal, consolidar-se os sucessos alcançados, corrigir os erros cometidos e avançar-se mais depressa e com mais firmeza seja na saúde, na educação, na habitação e noutros setores”.
César salvaguardou que “quem decidirá sobre o governo que se vai ter é o povo português” e “ao Presidente da República e aos líderes e partidos políticos competirá apenas o respeito pela decisão eleitoral dos portugueses para uma participação ativa nas eleições regionais dos Açores, nas legislativas nacionais e nas europeias”.
“Só uma grande votação no PS garante a retoma da estabilidade política”, de acordo com o socialista.
César disse que o partido partilha as preocupações expressas na mensagem de ano novo do Presidente da República, que decorrem de “novas incertezas” no mundo.
Carlos César recordou as dificuldades impostas pela covid-19 nos últimos anos, a par da “alta de preços que a todos prejudicou”, mas “são muitas outras as preocupações” que motivam o PS, como as questões que “afetam os quotidianos, como a intolerância, o radicalismo, a tendência para a supressão dos eleitos democráticos em vários países”.
Acrescem os “apelos ao enfraquecimento das instituições e da intervenção reguladora dos governos, o terrorismo ou as ameaças decorrentes das ambições expansionistas, como se vê no plano militar no leste europeu”, referiu.
Carlos César garantiu que “o PS, sob a liderança de Pedro Nuno Santos, quer ser parte na superação desses riscos e dessas ameaças”.