Sou a primeira candidata do BE, pelo círculo eleitoral da ilha Terceira, às eleições regionais.

Uma lista que se constitui por 20 pessoas que se comprometeram a contribuir para o crescimento socioeconómico da Terceira, identificando lacunas e a apresentar soluções para as mesmas.

Um grupo heterógeno e abrangente, onde se garante a diversidade social e a representatividade de todos os setores da nossa comunidade. Pessoas que, no seu quotidiano, se deparam com dificuldades, que conhecem a realidade de uma ilha que, nos últimos anos, se viu secundarizada ao investimento.

O nosso objetivo é representar verdadeiramente as e os Terceirenses, mantendo um compromisso sólido para a defesa do bem-estar das pessoas, no desenvolvimento sustentável da ilha e na afirmação da Terceira como potencial de desenvolvimento para a região.

É impossível um desenvolvimento sustentável sem trabalhar de forma transversal com todas as áreas: saúde, educação, habitação, trabalho, ambiente. Todas elas são fundamentais.

A Terceira, à semelhança do restante cenário regional, enfrenta uma crise aguda no que à habitação diz respeito. Casais jovens e famílias deparam-se com enormes dificuldades para pagar as suas prestações ao banco ou encontrar uma casa a preço razoável no mercado de arrendamento a longo prazo.

Não se pode pedir a um casal jovem que tenha filhos, mesmo sabendo que os números decrescem, quando tem dificuldades em encontrar um trabalho que fuja à, quase, regra do ordenado mínimo e de um preço por casa que ultrapassa o seu ordenado.

Nestes últimos três anos, não vimos por parte do Governo Regional nenhuma medida robusta para ajudar as pessoas a ultrapassar esta crise. Assistimos à ida de governantes três vezes, ao mesmo lugar, com pompa e circunstância, para anunciar o que já estava anunciado. Casas? Nada.

Face ao aumento exponencial dos custos de vida, como foi possível que o Governo Regional não tenha travado o aumento dos preços ao arrendamento de casas? Não fez porque não quis!

O Governo Regional optou por ter a sua vida facilitada, continuando a regra dos bairros sociais, perpetuando a estigmatização de vulneráveis e pobres.

É preciso combater o problema da habitação com medidas robustas, colocando casas no mercado através de uma bolsa pública para arrendamento para todas as pessoas e acabar com a lógica dos bairros sociais, distribuindo essas casas pelas freguesias.

Na verdade, nestes três anos, o Governo Regional poderia ter agido em diferentes áreas e facilitado a vida às açorianas e aos açorianos. Não o fez! Porquê? Porque andava numa luta desenfreada para assegurar o poder e as pessoas não eram a sua prioridade.

Temos de ser realistas e trabalhar no sentido de se valorizar o património humano, dando-lhe condições de trabalho, habitação, saúde, ambiente, para uma vida digna.

Podem contar com o Bloco de Esquerda para a dignificação das pessoas. Podem contar com o BE para levar a Terceira e os Açores a sério.

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