O presidente do Governo dos Açores considerou que é compreensível os conselhos de ilha quererem mais, no âmbito das visitas estatutárias do executivo, mas lembrou que os recursos são finitos e que são nove ilhas.

José Manuel Bolieiro falava aos jornalistas, no final da noite de segunda-feira, após a realização do Conselho de Ilha de Santa Maria, no âmbito da visita estatutária, quando questionado sobre reivindicações que não chegaram a ser atendidas.

“Os recursos são finitos e há um tratamento de equidade de distribuição do investimento público pelas nove ilhas”, afirmou.

“Maioritariamente tivemos parceiros positivos e é compreensível que alguém queira sempre mais. Compreendo o caminho da reivindicação”, acrescentou o líder do executivo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM.

Bolieiro referiu que o Conselho de Ilha, “apesar de condicionado pelo processo político em curso” face ao cenário de eleições regionais antecipadas, marcadas para 04 de fevereiro, registou uma “excelente participação dos conselheiros”, sendo que o Governo Regional “prestou contas e houve um entusiasmo de questões”.

O Conselho de Ilha de Santa Maria optou por não apresentar o habitual memorando de reivindicações devido ao facto de Governo dos Açores se encontrar em gestão.

O chefe do executivo açoriano salvaguardou que, “no quadro de uma nova legislatura, pretende-se manter o diálogo com estes parceiros do desenvolvimento”.

José Manuel Bolieiro, a anteceder a reunião do Conselho de Ilha, presidiu à assinatura do contrato de empreitada de construção da variante a Vila do Porto, obra que ascende a cinco milhões de euros.

Bolieiro lembrou que este é “mais um marco e mais uma meta” alcançados no que diz respeito à aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na região.

O presidente do Governo dos Açores visitou ainda a empreitada de requalificação e adaptação da Casa do Diretor do Aeroporto, que vai ser a sede da Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space.

O Estatuto Político e Administrativo dos Açores estipula que o executivo açoriano deve, pelo menos uma vez por ano, visitar as ilhas sem departamentos governamentais: Graciosa, São Jorge, Pico, Flores, Corvo e Santa Maria.

 

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