O PPM/Açores afirmou hoje que fará tudo para que não seja interrompido o ciclo de crescimento da região e acusou o líder local do PS, Vasco Cordeiro, de querer voltar ao poder.
“Da nossa parte, da parte do PPM, pode o povo açoriano contar com a determinação e o sentido de responsabilidade de sempre. Tudo vamos fazer para que os que querem interromper o ciclo de crescimento mais rápido da nossa História não consigam concretizar os seus intentos”, disse Paulo Estêvão.
O deputado, que na sua intervenção final no debate do Orçamento para 2024, aplicou o “Mito da Caverna” de Platão à realidade política local, referiu que se apercebeu que o PS de Vasco Cordeiro “pretende manter a sociedade refém das opções, do relato mitológico e das sombras do seu longo Governo de 24 anos”.
“Pretende manter a sociedade açoriana amarrada a uma espécie de caverna narrativa, que recusa a inovação e a realidade”, prosseguiu.
Na opinião de Paulo Estêvão, a “crise política mais absurda e gratuita da História Mundial” – que ocorre nos Açores – tem como único motivo “a ambição desmedida de Vasco Cordeiro de regressar ao poder”.
Vasco Cordeiro é o atual líder parlamentar do PS e foi presidente do Governo Regional açoriano entre 2012 e 2020.
“Acabou-se-lhe a paciência. Quer voltar ao poder. Quer voltar à caverna e levar com ele todo o povo açoriano”, afirmou o deputado do PPM.
Na sua intervenção, Paulo Estêvão também referiu que os Açores nunca cresceram tanto do ponto de vista económico como com o atual executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM.
“Nunca se criou tanto emprego na região. Nunca se recuperaram e melhoraram, num espaço tão curto de tempo, as carreiras especiais e gerais da função pública”, disse, como exemplo.
O Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, de cerca de dois mil milhões de euros, começaram na segunda-feira a ser debatidos no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, onde a votação na generalidade deverá acontecer na tarde de hoje.
O terceiro Orçamento da legislatura regional é o primeiro a ser votado após a Iniciativa Liberal (IL) e o deputado independente terem denunciado em março os acordos escritos que asseguravam a maioria parlamentar ao Governo dos Açores.
Antes do arranque da discussão, a IL e o PS anunciaram o voto contra na generalidade, enquanto Chega e PAN rejeitaram votar a favor, o que poderá levar à reprovação do Plano e do Orçamento.
Entretanto, na terça-feira, o presidente do Chega anunciou que o deputado do partido nos Açores vai abster-se na votação.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da IL, um do PAN, um do Chega e um independente (eleito pelo Chega).