O líder da CGTP/Açores, João Decq Mota, defendeu hoje um aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional de cinco para 10%, face à inflação e o diferencial do custo de vida com o continente.

O sindicalista, que falava aos jornalistas na sede da presidência do Governo dos Açores, em Ponta Delgada, pretende um acréscimo da remuneração complementar para 100 euros.

O dirigente da CGTP/In falava na sequência de uma audiência com o presidente do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, no âmbito da auscultação das antepropostas de Plano e Orçamento para 2024.

João Decq Mota quer que se promova a “fixação dos preços máximos nos bens e serviços públicos essenciais”, como a água, a eletricidade, os combustíveis e os transportes, visando “aliviar as famílias e as empresas”.

A estrutura sindical pretende ainda, entre outras medidas, que se promova “prioridade absoluta” para a criação e manutenção de emprego, a par de um plano de combate à precariedade.

Francisco Pimentel, líder da UGT/Açores, também recebido em audiência pelo presidente do Governo Regional, afirmou que “os aumentos que se vieram a verificar devem acomodar a inflação para não haver uma diminuição real dos salários”.

O sindicalista quer uma “revisitação da carreira” dos funcionários públicos, a par do “reforço da formação profissional inicial e continua”.

A estrutura sindical quer que seja feito um “esforço para a melhoria das qualidades serviços da saúde e educação”, sendo que o endividamento zero não deve impedir a máximo o aproveitamento dos fundos comunitários.

Os três partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26 deputados na Assembleia Legislativa. Com o apoio do deputado do Chega, somam 27 lugares, número insuficiente para a maioria.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado é independente (eleito pelo Chega).

 

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