O PPM/Açores, partido que integra o Governo Regional, afirmou hoje que a estabilidade política é fundamental devido à necessidade de executar o maior volume de sempre de fundos europeus, a propósito do Orçamento da região para 2024.
“Da nossa parte, a nossa vertente é assegurar a estabilidade na região. Essa estabilidade é fundamental no momento em que vamos executar o maior conjunto de sempre de fundos europeus. Este é um período muito importante”, declarou Paulo Estêvão.
O deputado falava aos jornalistas na sede da Presidência, em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento para 2024.
O monárquico prometeu que a coligação vai “fazer a sua parte” e assegurar a coesão e a estabilidade política no arquipélago.
“Na política não vale a pena perder tempo com preocupações. O que temos de ter é sentido de responsabilidade. Cada um assume as consequências dos seus atos. Não é possível controlar o que os outros vão fazer. É possível controlar o que nós vamos fazer”, destacou.
Estêvão defendeu que o Plano e o Orçamento da região para 2024 devem alocar recursos para criar um “programa de combate às drogas sintéticas”.
“É preciso colocar um conjunto de recursos muito significativos no âmbito de um programa que temos de desenvolver para esta temática” das drogas sintéticas, assinalou.
O líder do PPM/Açores considerou a habitação como um “grande desafio” e um “problema” para o qual “urge desenvolver políticas muito ambiciosas”.
O monárquico fez ainda uma “avaliação muito positiva” do atual Governo Regional, considerando que as “políticas de emprego têm sido um sucesso”, uma vez que a região tem o “maior número de empregados da história”.
O presidente do Governo dos Açores começou hoje a ronda de auscultação dos partidos e parceiros sociais a propósito do Plano e Orçamento da região 2024, o quarto da legislatura, que vai ser discutido em novembro na Assembleia Regional.
O Orçamento para 2024 vai ser o primeiro a ser votado após a IL e o deputado independente terem denunciado os acordos escritos que sustentavam o Governo Regional.
Os três partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26 deputados na Assembleia Legislativa. Com o apoio do deputado do Chega, somam 27 lugares, número insuficiente para a maioria.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).