O BE/Açores considerou hoje que a política orçamental do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) tem sido “desastrosa” e espera que o Plano e Orçamento da região para 2024 responda “às necessidades das pessoas”.

Segundo o líder do BE açoriano, António Lima, a política orçamental “mais recente do Governo tem sido profundamente desastrosa e tem causado problemas muito significativos à região, nomeadamente aos seus serviços públicos”.

António Lima, que falava aos jornalistas na sede da Presidência, em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento para 2024, deu exemplos como o subfinanciamento do serviço regional de saúde, “que se agravou os últimos tempos”, a crise da habitação e a “dificuldade enorme” para as famílias conseguirem vagas em creches.

“Ora, o que o BE, naturalmente, defende para este orçamento é que ele tem que responder às necessidades das pessoas, às necessidades a nível do investimento público no serviço regional de saúde, por exemplo, modernizando-o, dotando-o de mais recursos”, disse.

António Lima também propõe que haja um investimento em creches para responder às necessidades dos açorianos.

“É esse investimento que é fundamental e que tem que acontecer com urgência”, vincou.

O líder do BE/Açores alertou ainda que o próximo orçamento “será o orçamento do ano eleitoral”, antevendo que os açorianos vão assistir “a um conjunto de promessas que já deviam de ter sido concretizadas, a maior parte delas, neste ano e no ano anterior”.

Assumiu ainda que é preciso “uma mudança de política porque não basta o investimento sem mudar a política”.

Sobre o sentido de voto do BE ao Plano e Orçamento da região para 2024, António Lima referiu que o partido “reserva a sua posição” para depois da apresentação do documento.

O presidente do Governo dos Açores começou hoje a ronda de auscultação dos partidos e parceiros sociais a propósito do Plano e Orçamento da região 2024, o quarto da legislatura, que vai ser discutido em novembro na Assembleia Regional.

O Orçamento para 2024 vai ser o primeiro a ser votado após a IL e o deputado independente terem denunciado os acordos escritos que sustentavam o Governo Regional.

Os três partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26 deputados na Assembleia Legislativa. Com o apoio do deputado do Chega, somam 27 lugares, número insuficiente para a maioria.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).

 

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