Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA

É sempre assim em cada ano que passa. Mas nunca deixa de haver aquela sensação de novidade, como tudo o que recomeça na vida. O rebuliço de um novo ano letivo está aí, com a azáfama das inevitáveis compras que lhe estão associadas; cadernos, mochilas, lápis, réguas, tintas, toda a sorte de material requerido pela especificidade das disciplinas ou exigido pelo sentido consumista do aluno, e ainda os manuais, cada vez menos impressos e mais em formato digital.

Diga-se, a propósito, que a opção pelos manuais em suporte digital, como tudo o que é mudança profunda, ganha adeptos fervorosos e contestatários inflexíveis, traz dificuldades de adaptação, normais, suscita dúvidas legítimas. No entanto, só chega ao destino quem se põe ao caminho. Esperar por condições ótimas, acaba quase sempre adiando o progresso.

Além disso, a disponibilização gratuita de manuais digitais representa, só no ano letivo que vai começar, uma poupança de quase um milhão e trezentos mil euros às famílias açorianas. E no ano que terminou a economia foi superior a 600 mil euros. Por que razão ninguém fala deste benefício? Discutir a velocidade da internet ou uma alegada falha de segurança entusiasma mais a notícia, na estafada lógica de que só interessa ao leitor de jornais saber quando o homem morde o cão.

Novo ano letivo: com mais professores integrados nos quadros de escola e de ilha, valorizados nas suas carreiras, turmas com menos alunos, reforço dos apoios da ação social escolar, quase tudo em condições e com condições para melhorar o sucesso educativo nas nossas ilhas.  

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