A bancada parlamentar do PS/Açores na Assembleia Legislativa do arquipélago solicitou hoje ao Governo Regional uma cópia do estudo sobre o novo modelo de transporte marítimo de carga interilhas e para o exterior da região.

Num requerimento entregue hoje no parlamento dos Açores, o maior partido da oposição, através do deputado Carlos Silva, refere que o estudo foi elaborado por uma empresa “sem grande experiência e conhecimento da realidade arquipelágica”.

O parlamentar, citado em nota de imprensa, considera ser imperioso “tornar público quais as alterações que serão introduzidas ao modelo atual” mesmo antes de começarem a ser avaliadas pela comissão especializada criada para o efeito.

O deputado lamenta que “o sistema esteja hoje pior do que alguma vez esteve”, conforme são “provas recentes as situações vividas no transporte de carga para as ilhas de Santa Maria e do Faial”.

Na quinta-feira, o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) assegurou que os atrasos nos transportes marítimos para o Faial já “estão resolvidos” e reiterou o objetivo de concluir até final de setembro a proteção de emergência do porto comercial das Flores.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião com a empresa de transportes marítimos Transinsular, a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas reconheceu que existiram atrasos no abastecimento ao Faial, como indicado por empresários da ilha, mas indicou que a situação foi entretanto ultrapassada.

“Tivemos alguns atrasos porque existiram navios em estaleiro, o que cria dificuldades de abastecimento numa ilha ou noutra. Isso já está tudo resolvido. Foi resolvido na semana passada, designadamente com o Faial”, declarou Berta Cabral, na sede da secretaria, em Ponta Delgada.

Em julho de 2022, o Governo dos Açores revelou que a contratação para o estudo do transporte marítimo de mercadorias no arquipélago tinha sido lançada com o preço base de 70 mil euros e um prazo de execução de cerca de oito meses.

O estudo resulta de uma recomendação do parlamento regional aprovada por unanimidade, em outubro de 2021.

“Pretendemos trabalhar para a criação sustentada de um verdadeiro mercado interno, que potencie a nossa coesão interna e o desenvolvimento da economia local das nove ilhas de forma harmonizada, e este estudo é um passo determinante em todo o processo”, explicou Berta Cabral, citada num comunicado divulgado na altura.

 

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