O presidente do Governo dos Açores comprometeu-se hoje a reabilitar tudo o que foi destruído pelo sismo de 1998 na ilha do Faial, elogiando a reação da população ao desastre que arruinou 70% das habitações da ilha.

“O tanto que foi feito não dispensa uma capacidade realista do que importa ainda fazer. Do que ainda não está completo. Do que podemos elevar e acrescentar pelo desenvolvimento das nossas ilhas. O Governo dos Açores compromete-se com o progresso das nossas ilhas e com a reabilitação do destruído”, declarou José Manuel Bolieiro.

O líder do executivo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) falava hoje na Ribeirinha, cidade da Horta, na sessão solene evocativa dos 25 anos do sismo de 1998.

Na madrugada de 09 de julho de 1998, um terramoto com magnitude de 5,9 na escala de Richter destruiu grande parte do parque habitacional do Faial, provocando oito mortes.

José Manuel Bolieiro deixou uma palavra de “consternado pesar” às famílias das vítimas e elogiou a capacidade de reação dos faialenses à catástrofe.

O social-democrata elogiou ainda a “capacidade de reagir e de estar ao lado das populações” do então presidente do Governo Regional, o socialista Carlos César.

“Cumprimos um quarto de século deste terrífico evento que a todos nos afetou e que infelizmente não se tratou de um ato único, nem primeiro, nem quiçá último na vida telúrica das nossas ilhas nos Açores”, admitiu.

Atualmente há ainda duas igrejas paroquiais destruídas pelo terramoto que não reabriram: a de Pedro Miguel, que foi reconstruída e será inaugurada ainda este mês, e a da Ribeirinha.

Passados 25 anos do terramoto de 09 de julho de 1998, que matou oito pessoas e destruiu 70% do parque habitacional da ilha do Faial, a terra continua a tremer, devido a uma nova crise sísmica.

De acordo com o CIVISA, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, foram registados desde o início da semana dezenas de sismos (alguns dos quais sentidos) com epicentro no mar, a oeste da freguesia do Capelo, exatamente do lado oposto ao do grande sismo, que ocorreu também no mar, a apenas cinco quilómetros da ponta da Ribeirinha, na costa leste.

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