A Secretária Regional com a tutela do Emprego, Maria João Carreiro, alertou esta quinta-feira para a necessidade de as empresas se aproximarem das Escolas Profissionais tendo em vista a “boa articulação e dinamização da oferta formativa”, insistindo que a “formação deve ser valorizada com estabilidade laboral e melhores salários”, como forma, inclusive, de atrair os jovens qualificados para os setores com falta de mão-de-obra.

Conforme demonstrou a Secretária Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, que falava na abertura das Jornadas Pedagógicas da Associação Nacional da Escolas Profissionais – ANESPO, na EPROSEC, o Governo dos Açores está a contribuir para esta aproximação.

“Através dos apoios à qualificação de jovens e adultos, muitas das quais associadas a medidas de apoio à contratação estável, criámos uma plataforma comum entre as Escolas Profissionais e as empresas com vista à articulação e dinamização da sua oferta formativa. Mas é preciso que mais empresas se juntem a este compromisso com a valorização da qualificação, que é tão importante para os trabalhadores como para as próprias entidades empregadoras”, apelou a governante.

Maria João Carreiro frisou que as Escolas Profissionais estão a assumir uma “nova centralidade” não só na “construção de percursos pessoais e profissionais de sucesso”, mas também na “capacitação das empresas com quadros técnicos intermédios das profissões altamente qualificados”, como, de resto, ficou demonstrado, por exemplo, nos campeonatos regional e nacional das profissões.

“Não será possível fazer este exigente percurso de promoção, afirmação e valorização do Ensino Profissional sem a convergência de esforços e a participação de todos, incluindo as empresas”, repetiu, lembrando que o atual Governo “já fez mais em dois anos e meio de governação pelo Ensino Profissional e pelas Escolas Profissionais do que os anteriores governos numa década”.

Ainda durante este mês de julho deverá ser publicado na plataforma “Recuperar Portugal” o Aviso para a candidatura das Escolas Profissionais à aquisição de novos equipamentos com vista à sua modernização, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, tendo o Governo dos Açores decidido assumir os encargos das Escolas Profissionais com o IVA na aquisição dos equipamentos.

Em junho, o Governo dos Açores aprovou um apoio financeiro no montante total de 1,3 milhões de euros “para compensar as escolas profissionais pelas penalizações sofridas pelas desistências dos alunos”, conforme fixado no anterior Quadro Comunitário “que não foi negociado pelo atual Governo Regional e que se veio a revelar penalizador para as Escolas Profissionais dos Açores”.

Ainda considerando o anterior Quadro Comunitário “desajustado da realidade açoriana”, o XIII Governo dos Açores reduziu o número de alunos por turma padrão e, consequentemente, o número de alunos por turma a partir do qual as desistências começam a ser penalizadas, “uma justa e antiga revindicação das Escolas Profissionais nunca até então ouvida e atendida”.

De acordo com Maria João Carreiro, “o diálogo e a articulação com as Escolas Profissionais” tem gerado um “ambiente de confiança e de transformações” que vão ser essenciais numa Região e para uma economia que “precisa de mais jovens formados e qualificados nas Escolas Profissionais”.

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