O Governo dos Açores assegurou hoje que o funcionamento da Unidade Médica de Evacuações Aéreas do Hospital da Terceira “nunca esteve em causa”, apesar da fase de transição no serviço agora liderado por Patrícia Fragata.

“A unidade neste momento é dirigida pela médica internista doutora Patrícia Fragata. Houve uma fase de transição em que nunca esteve em causa o normal funcionamento do serviço de evacuações aéreas”, afirmou a secretária regional da Saúde e Desporto, Mónica Seidi, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com a Ordem dos Médicos nos Açores, em Ponta Delgada.

Na segunda-feira, a IL/Açores pediu esclarecimentos ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre o funcionamento da Unidade Médica de Evacuações Aéreas do Hospital da Terceira, referindo que o coordenador médico terá apresentado demissão, “sem que se conheçam os motivos”.

Num requerimento entregue na Assembleia Legislativa Regional, o deputado único da Iniciativa Liberal no parlamento dos Açores, Nuno Barata, interpelou a tutela da saúde sobre o pedido de demissão do responsável pela Unidade Médica de Evacuações Aéreas do Hospital de Santo Espírito, na Terceira, o médico cirurgião Rui Bettencourt.

Ainda em declarações aos jornalistas no final da reunião com a Ordem dos Médicos nos Açores, e depois de questionada sobre a implementação do Hospital Digital dos Açores, Mónica Seidi adiantou que projeto previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está a ser “alvo de estudo”, tratando-se de um “projeto complexo” porque na “região não existe um sistema informático único, mas vários sistemas”.

“É um projeto de uma complexidade grande, que envolve várias variantes e que vai permitir a integração de vários sistemas no Serviço Regional de Saúde”, salientou.

Mónica Seidi reconheceu, contudo, que nos relatórios de execução do PRR o Hospital Digital “não tem tido as melhores avaliações”, mas reiterou que o projeto terá de ficar concluído até final de 2025, seguindo os prazos da Comissão Europeia.

“É um projeto complexo e com várias fases. A breve prazo, nomeadamente no próximo ano, terá de ter outro tipo de visibilidade. A nossa maior dificuldade tem sido a integração dos diferentes sistemas”, admitiu.

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