A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores considerou hoje que as medidas do executivo para ajudar as empresas com os custos da energia são “bastante significativas”, esperando-se que estes encargos comecem a reduzir.
Berta Cabral salvaguardou que cabe à ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, estabelecer o valor do tarifário elétrico, num mercado regulado, mas o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) “criou mecanismos que ajudam as empresas a suportar os sobrecustos de produção [das empresas] em alturas críticas, como a atual”.
A governante falava aos jornalistas, em Ponta Delgada, após uma audiência à Comissão de Trabalhadores da Empresa de Eletricidade dos Açores (EDA).
A titular da pasta das Infraestruturas exemplificou com “o programa criado pela secretaria regional do Emprego e Qualificação Profissional”, no âmbito do qual “foi dado um apoio extraordinário à contratação de pessoal para compensar os aumentos da energia” por parte das empresas.
Berta Cabral salvaguardou ainda “a redução do IRC, que foi promovida por este Governo Regional”, apontando que estas “são medidas que compensaram as empresas, não diretamente com apoios aos custos da energia, que não é possível, mas através de outros encargos”.
Questionada sobre se o Governo dos Açores vai avançar com mais alguma medida para ajudar o tecido empresarial com os encargos da energia, a secretária regional afirmou que, “neste momento, estas medidas são bastantes significativas, porque só a medida do emprego são cerca de 10 milhões de euros”.
“A expectativa é que comece a reduzir o preço da energia, como vai acontecer a partir de julho”, afirmou Berta Cabral, para quem “as medidas que foram criadas continuam a ser suficientes, uma vez que se está a reduzir o preço da energia”.
O responsável pela Comissão de Trabalhadores da EDA, Carlos Martins, também em declarações aos jornalistas, considerou que a nova administração “vai ter a visão ideal para a empresa e que será algo de bom para a região”.
Carlos Martins justificou que Paulo André, indigitado para presidente do conselho de administração da EDA, “tem um elevado conhecimento da empresa e uma visão futura do que esta precisa”, sendo “a pessoa ideal para liderar os destinos do grupo EDA”.
O responsável salvaguardou que os trabalhadores, que são cerca de 800, “precisam de paz social, de boas condições de trabalho e que a empresa tenha um rumo certo”.
A EDA é detida em cerca de 51% do seu capital social pelo acionista Região Autónoma dos Açores.