O presidente do Governo dos Açores e a diretora executiva (CEO) do grupo SATA consideraram hoje que as contas da empresa, descritas pelo BE/Açores como “engenharia financeira”, são elaboradas com a máxima transparência.

“Não posso acompanhar este tipo de articulação. Na verdade, a transparência é máxima e as contas são feitas com a máxima transparência. Nós não contamos com parceiros ignorantes, nós contamos com parceiros que são muito atentos à verdade e aos factos e não às narrativas destrutivas de alguns”, afirmou José Manuel Bolieiro.

O líder do BE/Açores anunciou no início de maio que vai requerer a audição urgente, na comissão parlamentar de Economia da assembleia legislativa, da presidente da transportadora aérea açoriana e do secretário regional das Finanças.

De acordo com António Lima, a “evolução aparentemente positiva que se verifica nos resultados da SATA em 2022 explica-se pela utilização de engenharia financeira que melhorou artificialmente os resultados, nomeadamente através da inscrição de impostos diferidos como receitas”.

Bolieiro, que visitou hoje o grupo SATA em Ponta Delgada para assinalar dois anos da tarifa Açores, afirmou aos jornalistas que o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) “não patrocinaria qualquer engenharia” e manifestou a sua confiança no conselho de administração da SATA, considerando que “apresenta as contas com o rigor com que os factos se apresentam”.

A CEO da transportadora, Teresa Gonçalves, também em declarações aos jornalistas, disse perceber que “tecnicamente haja alguma falta de conhecimento financeiro e incapacidade de perceber o que está escrito nos relatórios dos auditores, que nunca disseram mal da empresa ou que havia manipulação das contas”.

“Esse conselho de administração – e gostava de deixar isto claro – pauta-se por fazer tudo da forma mais séria e correta e nunca em tempo algum houve alguma incorreção ou imprecisão nas contas. Aconselho a lerem melhor os relatórios dos auditores”, afirmou Teresa Gonçalves.

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