O deputado à Assembleia da República Paulo Moniz considera “imperativo” que os Açores também disponham de um Sistema de Vigilância de Costa, “um instrumento técnico essencial, particularmente eficaz no combate ao tráfico de droga por via marítima, e que neste momento ainda só não existe na Região”.

“Face às notícias recentes, dizendo que a GNR vai assumir uma maior capacidade de vigilância, comando e controlo junto à costa dos Açores, solicitamos [Grupo Parlamentar do PSD] ao Governo da República o cronograma detalhado de toda a implementação, conclusão e entrada em funcionamento do Sistema de Controlo e Vigilância de Costa na Região Autónoma dos Açores”, avança o social-democrata.

Paulo Moniz recorda que os Açores “são a única região do país que não é abrangida pelo Sistema de Vigilância de Costa”, mesmo se “já foram feitos os estudos prévios das possíveis localizações para a instalação dos radares e dos sistemas óticos que compõem essa capacidade”.

O deputado considera que se trata “de um instrumento técnico essencial e particularmente eficaz no combate ao tráfico de droga que entra nos Açores por via marítima, em praias e zonas costeiras recônditas, e sem presença regular de vigilância das autoridades”.

“Além disso, é também essencial na garantia da proteção ambiental e do combate à pesca ilegal na orla costeira das nossas ilhas”, acrescenta,

Paulo Moniz alerta igualmente para o facto de que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em andamento “termina em 2026, pelo que temos uma oportunidade única para realizar aquele investimento, que não pode ser desperdiçada”.

“É absolutamente inaceitável que os Açores sejam a única região do país que não tem Sistema de Controlo e Vigilância de Costa. É imperativo e muito urgente que o arquipélago venha a possuir essa capacidade, uma vez somos também a primeira entrada a ocidente do ‘Espaço Schengen’”, conclui.