Os Conselhos Diretivos dos Açores e da Madeira da Ordem dos Engenheiros Técnicos (OET) congratulam-se pelo modo como decorreu a primeira parte das Jornadas Insulares de Engenharia aonde, no dia 23 de abril na ilha Graciosa, se debateu o tema dos “Transportes e Acessibilidades”.
As Jornadas Insulares de Engenharia são promovidas pelas Secções Regionais dos Açores e da Madeira da OET e, nesta primeira parte, contaram com a presença de mais de seis dezenas de participantes aos quais se associaram outros interessados que assistiram ao evento através de plataforma de videoconferência disponibilizada pela OET no local.
No âmbito da organização desta atividade, as Secções Regionais dos Açores e da Madeira da OET entendem que devem destacar não só o apoio da Câmara Municipal da Vila de Santa Cruz da Graciosa, mas também, a participação de personalidades dos Governos Regionais dos Açores e da Madeira, de deputados da Assembleia da República e da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, do Bastonário da OET e de representantes de diversas empresas públicas e privadas, ligadas aos setores em análise.
Sabendo-se das fragilidades que os dois arquipélagos acumulam no respeitante ao tema, analisaram-se diferentes realidades, tendo sempre como objetivo a deteção de práticas e de metodologias que, propiciando um desenvolvimento hegemónico dos dois arquipélagos, os aproximem das oportunidades dos territórios continentais, sem que para tal se percam as especificidades que os caracterizam positivamente.
Após a sessão de abertura, que contou com a participação da Secretária Regional do Turismo, Mobilidades e Infraestruturas do Governo dos Açores – Dr.ª Berta Cabral; do Presidente da Câmara Municipal da Vila de Santa Cruz da Graciosa – Dr. António Reis; da Diretora Regional da Economia e Transportes Terrestres do Governo da Madeira – Dr.ª Isabel Rodrigues e do Bastonário da OET – Eng.º Téc. Augusto Guedes, decorreram as apresentações de múltiplos oradores, analisaram-se os “Padrões e modelos de transportes nos arquipélagos dos Açores e da Madeira”; os condicionalismos inerentes ao “Serviço público, competitividade e continuidade do negócio de transportes” a garantir e o “Modelo(s) de investimento e desenvolvimento público”.
Desde o primeiro momento, e levando em linha de conta as múltiplas intervenções e as opiniões de todos os oradores envolvidos, ficou clarificada a importância da temática escolhida e a oportuna escolha do local do encontro, evidenciando-se o próprio contexto insular e as especificidades de um viver atlântico, onde o oceano pode ser tido como um obstáculo, mas também poderá ser entendido como uma via de acesso a outras realidades que nos são contemporâneas.
Através de uma ação aberta a todos os interessados e ao público em geral, entendeu a OET, no desempenho do papel pró-ativo a que se sente obrigada, que a análise dos problemas que afetam as nossas sociedades é responsabilidade de todos, não cabendo apenas aos diferentes níveis de governo o envolvimento e a resolução daquilo que condiciona o nosso País e as nossas Regiões.
É, pois, chegado o momento para a união de todas as sensibilidades e de áreas de conhecimento, tornando possível o esboçar de um rumo, obtendo-se níveis de entendimento entre o setor público e os múltiplos setores privados, esquecendo-se bairrismos e regionalismos fraturantes e assumindo, como foco, o desejado desenvolvimento hegemónico e eficaz das nossas Regiões Autónomas e do todo do nosso Portugal.
As Jornadas Insulares de Engenharia continuam dentro de um mês e têm a segunda parte agendada para o dia 27 de maio na ilha de Porto Santo.