O presidente do Governo dos Açores defendeu hoje que uma das prioridades para o Corvo passa pelo investimento na habitação visando aumentar a oferta face às necessidades de arrendamento para quem vem para a ilha.
José Manuel Bolieiro considerou que “um dos dilemas que cria dificuldades ao Corvo é o dilema da habitação”, havendo que “olhar para esta prioridade tal como se olhou para o processo da educação, da saúde e das acessibilidades aéreas e marítimas, que já foram resolvidas”.
O líder do executivo açoriano falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ilha do Corvo, na sequência da visita oficial do Governo Regional à ilha, no qual manifestou satisfação pela forma como decorreu a reunião face ao que considerou a satisfação das pretensões dos conselheiros.
Bolieiro aponta a necessidade de desenvolver uma “estratégia para mais oferta de habitação, através não só de recuperação de alguma habitação disponível para ser disponibilizada ao arrendamento a muitos profissionais diferenciados que precisam de vir para o Corvo” e ter “alojamento para aceitar o emprego”.
O chefe do executivo açoriano apontou com outras das prioridades para o Corvo, no âmbito da transição energética, o processo que está a ser desenvolvido com a Empresa de Eletricidade dos Açores que visa uma aposta nas energias alternativas em detrimento do combustível fóssil.
Bolieiro apontou a necessidade de “melhoria da capacidade de oferta que a infraestrutura porto tem que ter na carga e descarga” para que o navio possa operar em melhores condições.
O presidente do Governo dos Açores apontou também a necessidade de se fazer uma gestão de ‘stocks’ na ilha do Corvo para que não haja rutura de alimentos e outros bens no inverno, face aos condicionalismos naturais que afetam o grupo ocidental nas ligações marítimas e aéreas.
O executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM decidiu, este ano, começar pela mais pequena parcela da região as suas visitas estatutárias.
De acordo com o estatuto político e administrativo dos Açores, o Governo Regional tem de visitar pelo menos uma vez por ano todas as ilhas do arquipélago que não possuem secretarias regionais, como é o caso das Flores, Corvo, Graciosa, São Jorge, Pico e Santa Maria.