Os bombeiros de Santa Cruz das Flores têm uma nova direção, após cerca de um ano de conflitos entre a corporação e a anterior direção e o comando operacional, disse à Lusa o novo presidente, Ricardo Vieira.

A nova direção foi empossada na segunda-feira, após se terem realizado três atos eleitorais, sendo que apenas no último foi apresentada uma lista.

Em declarações à Lusa, o presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores afirma que a eleição de uma nova direção foi possível porque conseguiu “reunir-se uma equipa de sócios que gostam daquela casa [bombeiros]”.

Em 2022, demitiram-se de três dirigentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores, na sequência de um conflito em curso na instituição.

Alguns meses mais tarde, já em 2023, a corporação de bombeiros e a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores entraram em conflito, tendo surgido vários processos disciplinares.

Questionado sobre se estão reunidas condições para ultrapassar os conflitos que se fizeram sentir na instituição, o presidente da nova direção afirma que vai “trabalhar nesse sentido”.

Ricardo Vieira está convicto que “é possível ultrapassar todos os constrangimentos através do diálogo e concertação entre a direção, comando e corpo de bombeiros”.

Na sequência da instauração de vários processos disciplinares, de denúncias de alegados abusos de poder e demissões, e após uma reunião realizada terça-feira com a direção cessante, Ricardo Vieira foi informado que “os processos estavam a decorrer e que faltava aplicar as penas”.

“Vou sentar-me com a minha equipa, vamos analisar processo a processo e só depois vamos tomar uma decisão com base nos fundamentos para avançar com penas ou arquivar os processos”, afirma o dirigente.

O líder da associação de bombeiros, que se vai reunir na quinta-feira com o comando operacional, considera que os bombeiros voluntários que asseguram serviços no aeroporto das Flores “estão bastante sobrecarregados” devido à afluência de voos, sendo necessários mais cinco elementos.

Ricardo Vieira refere que “existem algumas queixas que o acordo de empresa não está a ser cumprido”, mas diz que se “vai tentar agir em conformidade”.

A nova direção está empenhado em que os vencimentos dos funcionários “não possam falhar” e “isso tem que estar salvaguardado”, além das despesas correntes da associação humanitária.

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