Cerca de duas dezenas de agentes da PSP juntaram-se esta tarde no exterior do Comando da Polícia de Segurança Pública da Horta, nos Açores, para protestarem contra a falta de meios humanos e materiais na região.

“Queremos fazer ver às pessoas, e também ao Governo, que tem de tratar melhor os polícias no que diz respeito às carreiras remuneratórias”, explicou aos jornalistas Paulo Pires, membro da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), à margem do protesto, que decorreu na ilha do Faial.

Aquele dirigente sindical entende que o executivo de António Costa “tem de se sentar à mesma mesa com os sindicatos” para discutir, não apenas a atualização das tabelas remuneratórias, mas também a necessidade de um subsídio de insularidade para os agentes que desempenham funções nas ilhas, bem como um subsídio de risco “condizente com o risco efetivo que a profissão implica”.

“No caso dos Açores, faltam também condições de trabalho, nomeadamente, em alguns departamentos policiais, onde chove com frequência, onde as instalações estão degradadas e onde as condições de segurança de quem ali trabalha, não existem”, refere também um comunicado divulgado pela ASPP.

Paulo Pires referiu-se ainda à crónica falta de meios materiais da PSP nos Açores, como “viaturas, equipamentos informáticos e equipamentos individuais”, bem como a falta de “bons serviços de saúde nos Açores”, apesar de os agentes que trabalham nas regiões autónomas descontarem mensalmente “exatamente os mesmos 3,5%” que os restantes polícias a nível nacional.

A situação de desigualdade em que se encontram os agentes da PSP que desempenham serviço no Centro Operacional 112, nos Açores, em comparação com os seus colegas do continente, que recebem um subsídio adicional para fazerem o mesmo trabalho, foi outro dos problemas denunciados por Paulo Pires.

“Segundo sabemos, a bola está do lado da Polícia de Segurança Pública e a única coisa que falta, segundo parece, é a PSP dizer se aceita ou não a proposta do Governo Regional para atribuir igualdade aos mesmos polícias que desempenham funções aqui nos Açores e, eventualmente, nomear alguém para assinar esse protocolo”, recordou aquele dirigente sindical, que espera agora que o problema seja resolvido “o breve possível”.

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