Os tripulantes de cabine da SATA Air Açores anunciaram um pré-aviso de greve para o período compreendido entre os dias 18 e 24 de julho, abrangendo todos os voos da transportadora aérea regional, bem como os voos contratados em regime ACMI e aqueles em que a tripulação é cedida pela empresa.
A paralisação foi decidida em assembleia geral de emergência realizada no passado dia 4 de junho e foi convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
De acordo com o sindicato, a greve deve-se ao “ambiente laboral na SATA Air Açores que se encontra completamente deteriorado”, mas também às “condições desumanas” a que os tripulantes de cabine estão sujeitos, sobretudo durante a operação da aeronave Dash Q200.
Segundo o pré-aviso de greve, os trabalhadores operam há mais de 15 anos esta aeronave em condições consideradas degradantes, enfrentando longas jornadas de 8, 9 ou mais horas expostos a níveis elevados de ruído, vibrações constantes e elevadas temperaturas, devido à alegada incapacidade de refrescamento da aeronave.
Entre os motivos da paralisação, o sindicato aponta ainda as constantes alterações de escala e a desigualdade de tratamento entre os tripulantes de cabine e outras classes de trabalhadores do Grupo SATA.
Apesar da convocação da greve, o pré-aviso salvaguarda a prestação de serviços mínimos, garantindo o funcionamento das ligações aéreas essenciais durante o período entre as 00h00 de 18 de julho e as 23h59 de 24 de julho.
Serão assegurados todos os voos necessários para dar resposta a situações de emergência médica, bem como duas descolagens e duas aterragens em São Miguel e na Terceira, e uma descolagem e uma aterragem em cada uma das restantes sete ilhas do arquipélago.
