Os deputados do PS/Açores, Joana Pombo Tavares e João Vasco Costa, reuniram esta segunda-feira com várias associações de Santa Maria — nomeadamente a Associação Cultural Maré de Agosto, os Escravos da Cadeínha, a Associação Amigos da Maia e a Secção de Automobilismo e Karting do Clube Asas do Atlântico — que manifestaram preocupações comuns quanto à incerteza e à falta de previsibilidade no acesso aos apoios da Direção Regional do Turismo.
Segundo Joana Pombo Tavares, “a situação vivida em Santa Maria reflete um problema generalizado em toda a Região”, que o PS/Açores já denunciou no Parlamento através de um requerimento entregue esta semana.
“A suspensão do formulário online para candidaturas, os atrasos na análise dos processos e a ausência de respostas aos promotores estão a comprometer o planeamento e a realização de eventos com impacto direto no turismo, na cultura e na economia das ilhas”, afirmou a deputada socialista.
Durante o encontro, as associações mariense referiram “uma total falta de transparência” no processo de atribuição dos apoios. “Há candidaturas feitas há mais de seis meses que continuam sem qualquer resposta. Muitas vezes, só após insistência por parte dos dirigentes associativos é que se obtém alguma reação do Governo Regional”, adiantou Joana Pombo Tavares.
A deputada destacou ainda que “não se pode exigir profissionalismo e qualidade às associações quando o Governo as deixa na incerteza, obrigando-as a trabalhar no escuro, sem saberem se os apoios vão chegar, nem em que montante, sendo que muitas destas entidades operam com base no voluntariado”.
Outro ponto crítico apontado pelas associações de Santa Maria é o agravamento dos custos com transportes marítimos, que dificulta a deslocação de artistas, equipas técnicas e materiais entre ilhas, afetando diretamente a realização dos eventos.
Face a este cenário, o PS/Açores exige que o Governo Regional desbloqueie de imediato os apoios previstos no regime de financiamento de iniciativas com interesse para a promoção do destino Açores, regularize os pagamentos em atraso e ponha fim à instabilidade que, afirmam, está a prejudicar o trabalho de dezenas de associações e clubes com um papel histórico na dinamização cultural da Região.
“Não podemos aceitar que o futuro dos eventos que marcam o calendário turístico e cultural das ilhas fique comprometido por inércia, falta de planeamento ou por custos de transporte que se tornaram incomportáveis para as associações”, concluiu Joana Pombo Tavares.