A autarquia do Corvo vai reabilitar um edifício antigo e transformá-lo em incubadora de serviços, com o objetivo de dinamizar a economia local e atrair investimentos para a mais pequena ilha dos Açores, foi hoje anunciado.
A empreitada de beneficiação e adaptação do edifício, que vai albergar a incubadora de serviços, foi hoje publicado em Jornal Oficial e o projeto tem o preço base de 412.924,96 euros, cofinanciado em 85% pelo Programa Operacional 2030 (PO 2030).
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal do Corvo, José Manuel Silva, sublinhou a importância da iniciativa, considerando que a ilha carecia de um equipamento do género.
“Era uma lacuna que existia. Não porque queremos ser iguais aos outros sítios, mas achamos que faria sentido recuperar um edifício antigo, um imóvel comprado pela autarquia para esse fim, e transformá-lo em incubadora, não só para empresas locais, mas capacitada para eventualmente receber nómadas digitais que queiram passar uma temporada na ilha e trabalhar remotamente a partir do Corvo”, afirmou José Manuel Silva (PS).
O novo espaço estará capacitado para acolher diferentes áreas de atividade e apetrechado com novas tecnologias.
“Esperamos dar rapidamente andamento à obra. Entretanto, vamos começar a preparar a parte logística para garantir que a incubadora esteja operacional logo que a recuperação do edifício esteja concluída. Também já abrimos concurso para um assistente técnico que ficará afeto à incubadora”, explicou ainda à Lusa o autarca do Corvo, onde residem cerca de 400 pessoas.
A incubadora ficará instalada num imóvel que está localizado na zona antiga da vila.
O autarca acrescentou que “não existe um número fixo” de empresas que se possam instalar no novo espaço, onde poderão estar empresas de “qualquer ramo” de atividade.
“Queremos gerar algum desenvolvimento económico e que traga algum retorno à ilha. No Corvo qualquer investimento pensado e direcionado à realidade da ilha terá sucesso de certeza absoluta”, disse José Manuel Silva.
Segundo o autarca, graças às novas tecnologias, a distância física entre o Corvo e outras zonas e cidades do mundo, já não constitui um obstáculo e “está reduzida”.
