O presidente da Assembleia da República convocou os partidos com representação parlamentar para uma reunião com o Governo, pelas 14h00 (menos uma nos Açores), para se fazer um ponto da situação do apagão ocorrido na segunda-feira em território continental.

Na missiva, à qual a agência Lusa teve acesso, José Pedro Aguiar-Branco indica que a reunião terá como “objetivo a apresentação de um ponto de situação sobre o incidente ocorrido ontem, 28 de abril, na rede elétrica nacional”.

De acordo com o Governo, a energia elétrica já foi reposta aos 6,4 milhões de clientes do país, que está agora “ligado com normalidade” e, durante a noite, não se verificaram perturbações de segurança ou de proteção civil.

“Neste momento, temos praticamente todos os serviços, incluindo o fornecimento de energia, restabelecidos”, disse à agência Lusa o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Segundo o ministro, ao nível da eletricidade, o “já país está ligado, com normalidade”, ou seja, todos os 6,4 milhões de clientes estão alimentados, com exceção de 800 que têm avarias não relacionada com o apagão.

Na segunda-feira à noite, o PCP anunciou que vai requereu o agendamento para quarta-feira de um debate sobre o corte no abastecimento elétrico, considerando que ficaram patentes “vulnerabilidades e problemas” no sistema elétrico nacional que devem ser avaliadas, em particular ao nível da soberania.

Este requerimento da bancada comunista será hoje apreciado e votado em conferência de líderes parlamentares, que definirá a agenda da reunião da Comissão Permanente da Assembleia da República na quarta-feira.

Em comunicado, o PCP considera que a quebra de fornecimento de energia elétrica que se registou hoje em Portugal exige “medidas que contribuam para a rápida reposição do fornecimento”, com prioridade para os “serviços essenciais à população”, como a saúde, transportes, educação ou segurança.

O partido pede também que se faça um “apuramento rigoroso das causas que estiveram na origem desta falha” e se identifiquem as “opções que se colocam para garantir no futuro a segurança e a soberania energéticas em Portugal”.

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