Foto: DR | Texto: PM

O círculo eleitoral dos Açores sempre elegeu cinco deputados nas legislativas e os lugares têm sido preenchidos por eleitos do PSD e PS, exceto em 1985 e em 2024, com a eleição de representantes do PRD e Chega.

Nos 16 atos eleitorais ocorridos desde 1979, o PSD foi o partido mais votado em nove (1979, 1980,1983,1985,1987,1991,1995, 2002 e 2011) e o PS em seis (1999, 2005, 2009, 2015, 2019 e 2022), tendo empatado em 2024 (com dois eleitos cada).

Segundo os dados consultados pela agência Lusa, o PS teve os piores resultados em 1980,1987 e 1991 (quando elegeu apenas um representante e o PSD quatro) e o PSD em 1999, 2005, 2009, 2015, 2019 e 2022 (ao eleger dois deputados e o PS três).

Em 2024, os dois partidos – PS e PSD (que concorreu coligado com o CDS-PP e o PPM) -, empataram no número de eleitos (dois cada), quando o Chega elegeu um representante.

Estes dois partidos também não repartiram os cinco deputados em 1985, quando o PRD – Partido Renovador Democrático elegeu um representante (o PSD elegeu três e o PS um).

Treze partidos e coligações concorrem às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio pelo círculo dos Açores, com AD, PS, PAN, ADN e Ergue-te a repetirem os primeiros candidatos, segundo as listas consultadas pela Lusa.

A AD (coligação PSD/CDS-PP/PPM, que apenas concorre com esta composição nos Açores) apresenta o deputado Paulo Moniz como cabeça de lista, lugar que já tinha ocupado em 2024, seguindo-se o também deputado Francisco Pimentel.

A candidatura do PS volta a ter o líder regional e deputado Francisco César como cabeça de lista e o deputado Sérgio Ávila como número dois.

O PAN, partido das Pessoas-Animais-Natureza, apresenta novamente o professor da Ribeira Grande Dinarte Pimentel como cabeça de lista, tal como o ADN (Alternativa Democrática Nacional), que candidata o empresário açoriano Rui Matos, e o Ergue-te, que repete o inspetor de redes de gás Roque Almeida, de Lisboa.

O médico veterinário e deputado regional do Chega Francisco Lima é o cabeça-de-lista do partido, que nas anteriores legislativas apresentou como primeiro candidato Miguel Arruda, que passou a deputado independente por suspeita do furto de malas em aeroportos.

O Bloco de Esquerda (BE) aposta no estudante universitário Pedro Amaral e a Iniciativa Liberal (IL) no coordenador regional Hugo Almeida.

O cabeça de lista do Juntos Pelo Povo (JPP) – partido criado na Madeira que também tem presença nos Açores -, é o coordenador regional Carlos Furtado, que concorre pela primeira vez a deputado na Assembleia da República.

A CDU (coligação formada pelos partidos Comunista Português e Ecologista Os Verdes) apresenta como primeiro candidato o médico da ilha de São Jorge António José Almeida e o Livre o engenheiro civil Ricardo Ribeiro, de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Pelo Partido da Terra (MPT) concorre o psicólogo Manuel Carreira (residente em Leiria) e pelo RIR (Reagir Incluir Reciclar) o empresário João Henriques (Peniche).

Nas eleições legislativas antecipadas são 230.305 os eleitores dos Açores que vão ser chamados às urnas (mais do que em 2024, quando estavam inscritos 230.082), para escolher os cinco candidatos a deputados, em representação desta região autónoma.

Nas eleições de março de 2024, PSD/CDS-PP/PPM venceu no círculo eleitoral dos Açores, por onde também concorreram 13 partidos, com 39,84% dos votos dos 106.273 eleitores, elegendo dois deputados, seguindo-se o PS, com 29,18% e dois deputados, e o Chega com 15,76% dos votos (um deputado).

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