O PCP/Açores acusou hoje o Governo Regional de propaganda e de anunciar investimentos “com pompa e circunstância”, alegando que o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM “não resolve os problemas reais” dos açorianos.

Em comunicado, divulgado na sequência de uma reunião da Direção Regional do PCP Açores (DORAA), em Ponta Delgada, o partido considera que tanto no país, como na região, “é cada vez mais evidente a grave situação de desequilíbrio social” e a “falta de resposta aos problemas com que se confrontam os trabalhadores e o povo”.

“Não basta anunciar intenções e investimentos com pompa e circunstância. A propaganda não resolve os problemas reais dos açorianos. É necessário cumprir, investir e pagar, o que está longe de ser feito. Um exemplo gritante é o atraso, com mais de um ano, no pagamento do Qualifica Superior”, aponta o PCP, coordenado nos Açores por Marco Varela.

Na região, acrescentam os comunistas, “a cada problema, em vez de se encontrarem soluções, contratam-se estudos que visam abrir caminho à privatização”.

No caso da área da saúde, o PCP alerta para a carência “gritante” de profissionais em várias ilhas do arquipélago, sobretudo naquelas que não têm hospital. Nos Açores existem três hospitais localizados nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.

“A solução não pode ser, como afirmou recentemente o vice-presidente do Governo Regional no congresso do CDS-PP, a demissão do Governo Regional das suas responsabilidades, propondo a entrega das áreas da saúde e educação ao Governo da República — uma proposta que representa um retrocesso de décadas”, critica o PCP/Açores.

O partido acusa ainda os governos da República (PSD/CDS-PP) e Regional de fazerem opções políticas “apoiadas por partidos como o Chega, a Iniciativa Liberal e o PS, beneficiando uma minoria em detrimento da maioria da população”.

Para a DORAA, “a política de direita” está expressa em baixos salários e pensões, serviços públicos “sem meios adequados” para responder às necessidades e “subfinanciamento crónico em setores essenciais como a saúde e a educação”.

Notando que nos últimos 11 meses o partido apresentou cerca de duas dezenas de propostas concretas para a região na Assembleia da República, o PCP apela a “uma rutura com a política de direita que compromete a mobilidade e o desenvolvimento económico da região”, sublinhando que “cada voto na CDU [coligação PCP/PEV] é um voto de confiança e coragem” nas eleições legislativas, que se realizam em 18 de maio.

 

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