O PAN/Açores defende o aumento do valor pago pelo Governo Regional às associações humanitárias de bombeiros voluntários para o transporte de doentes não urgentes, alertando que o serviço pode estar em risco.
Numa nota de imprensa, o partido adianta que entregou um projeto de resolução na Assembleia Regional que recomenda ao executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) a “celebração de protocolos” com as associações de bombeiros para “assegurar manutenção do transporte de doentes não urgentes”.
“O partido defende, conforme já defendeu em 2022, que o Governo deve compensar, financeiramente, as AHBV [Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários] na diferença entre o montante atualmente pago pelas entidades do Serviço Regional de Saúde que contratam o serviço e o valor ideal de 0,90 euros por quilómetro”, lê se no comunicado.
O PAN, que tem um deputado no parlamento açoriano, alerta que as associações “estão a suportar parte dos custos da prestação” do transporte, “agravando a sua situação financeira”.
“Há muito que as associações de bombeiros se encontram no seu limite financeiro, com um aumento do passivo que compromete a continuidade dos seus serviços, para o qual o suporte de custos do transporte de doentes não urgentes veio contribuir”, destacam.
De acordo com o partido, a iniciativa “surge na sequência das preocupações expressas pelas associações de bombeiros que ponderam recusar” a prestação daquele serviço “devido ao valor pago por quilómetro”, que “não reflete o custo real da operação”.
O PAN avisa, também, que o transporte de doentes não urgentes passou a ser mais necessário devido ao incêndio de 04 de maio de 2024 no Hospital de Ponta Delgada.
“É imperativo manter-se a capacidade de resposta no transporte de doentes não urgentes, por forma a garantir que a sua manutenção não seja interrompida, sob pena de comprometer a segurança e o bem-estar da população açoriana”, defendeu o deputado do PAN/Açores, Pedro Neves, citado na nota de imprensa.
O parlamento dos Açores, com sede na Horta, na ilha do Faial, é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.