O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) e o Turismo de Portugal vão promover ações de formação para migrantes nas áreas de cozinha/pastelaria e restaurante/bar, com o objetivo de colmatar a falta de mão-de-obra no setor, foi hoje divulgado.

“O processo foi conduzido em articulação com a AVEA – Associação para a Valorização Económica dos Açores e vai abranger, numa primeira fase, 15 formandos”, adiantou o executivo açoriano em comunicado.

A formação vai ser promovida através das secretarias regionais do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas e dos Assuntos Parlamentares e Comunidades e o Turismo de Portugal.

O Governo Regional dos Açores adianta tratar-se de um investimento “suportado pelo Turismo de Portugal no valor de 70.700 euros, que surge no âmbito do Programa de Formação e Integração de Migrantes para o Setor do Turismo”.

A iniciativa resulta de uma parceria entre o Turismo de Portugal, através da Rede de Escolas de Hotelaria e Turismo, a Agência de Integração de Migrações e Asilo (AIMA) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que visa o “desenvolvimento de programas de formação/emprego, para acolhimento, qualificação e integração profissional de migrantes e beneficiários de proteção internacional em Portugal”, lê-se.

O programa, apresentado como sendo “um instrumento de resposta aos desafios do talento e dos movimentos migratórios”, prevê, além da formação dos migrantes, uma ação dirigida aos profissionais das empresas, “para maximizar o sucesso da integração”.

A formação será assegurada pelas 12 Escolas do Turismo de Portugal e, no caso dos Açores, será ministrada na Escola de Formação Turística e Hoteleira. Tem a duração de três meses e o estágio será realizado numa empresa durante um mês, num total de 160 horas.

Segundo a nota do executivo açoriano, através da parceria entre o Turismo de Portugal, a AIMA e a CTP, pretende-se o desenvolvimento de programas de formação/emprego, “para acolhimento, qualificação e integração profissional de migrantes e beneficiários de proteção internacional em Portugal”.

A nível nacional participam na mesma formação um total de mil migrantes, sendo que todos os interessados na ação “devem ter a sua situação regularizada”.

Em fevereiro de 2024, em resposta por escrito a questões colocadas pela Lusa, a presidente da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) nos Açores assinalou que “a falta de mão-de-obra na restauração e hotelaria continua a ser um problema”, com maior incidência nos meses de época alta.

Segundo Cláudia Chaves, “há uma grande necessidade de mão-de-obra qualificada. Os pedidos para preenchimento de vagas, por parte dos empresários, continuam a aparecer e não estão a ser satisfeitos na sua totalidade”.

A AHRESP defendeu, entre outras medidas, a criação de programas de apoio à integração de imigrantes, com apoios às rendas para habitação e acesso a cursos de formação que permitam “aumentar a qualificação e valorizar as profissões”.

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