O líder do PS/Açores, Francisco César, defendeu hoje a necessidade de os empresários da construção civil contarem com “previsibilidade” no agendamento das obras públicas por parte do Governo Regional, a par da angariação de mão-de-obra do exterior.

Francisco César identificou que “um dos grandes problemas dos empresários [de construção civil] tem a ver com a previsibilidade das obras”, salientando que é necessário que o calendário das empreitadas seja conhecido.

O dirigente socialista – que visitou hoje uma empresa de construção civil no concelho da Lagoa, na ilha de São Miguel – considerou que não se pode “ter todos os anos, no Orçamento, um conjunto de obras que não saem do papel”, sendo que, “pior de que tudo, é quando as obras surgem todas de uma vez” e “não há capacidade de resposta por parte das empresas”.

Francisco César defendeu igualmente a necessidade de as empresas que concorrem a obras públicas serem pagas, uma vez que “não se pode viver numa região onde as empresas são fiadoras do Governo Regional, a sua banca”.

A este propósito, o também deputado à Assembleia da República referiu que o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) dispõe de 300 milhões de euros para efeitos de endividamento.

O dirigente do maior partido da oposição afirmou, por outro lado, que existe um nível de emprego muito baixo e há poucos recursos humanos para trabalhar.

Por isso, acrescentou, deve-se “facilitar as empresas que estão nos Açores na sua capacidade de captação de recursos humanos no estrangeiro ou no continente”, com o Governo Regional a ser “parceiro nesta matéria”.

O líder dos socialistas nos Açores César defendeu ainda formação para os trabalhadores que estão no mercado ao serviço das empresas, através do recurso ao Orçamento da região e aos fundos comunitários

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