Foto: PS/Açores | Texto A9

Francisco César, presidente do PS/Açores e deputado à Assembleia da República, criticou o Orçamento do Estado para 2025, considerando-o um desvio às promessas feitas aos Açores. Na sessão desta quarta-feira, César sublinhou que o Governo da República, liderado pela coligação PSD/CDS-PP, “se meteu numa grande dívida para com os Açorianos,” referindo que a Aliança Democrática (AD) “muito prometeu na última campanha eleitoral,” mas, na prática, as promessas “não estão contempladas no Orçamento.”

O deputado mencionou compromissos, como “a descontaminação dos solos na ilha Terceira, a ampliação da pista do aeroporto da Horta e as obras na Cadeia de Apoio da Horta,” que, segundo ele, não foram contemplados. Também destacou a ausência de uma “solução provisória para a sobrelotação da Cadeia de Ponta Delgada” e a falta de compromissos para reduzir “a idade de reforma em dois anos para os açorianos,” promessa feita pela AD durante a campanha.

Francisco César criticou ainda a ausência das “Obrigações de Serviço Público entre os Açores, o Continente e a Madeira,” bem como das “transferências financeiras prometidas para salvar a Região do incumprimento com os credores.” “Quem promete, em dívida se mete,” afirmou o deputado, classificando as promessas como tentativas meramente eleitorais de “agradar.”

Respondendo ao anúncio do Primeiro-Ministro sobre a redução do valor máximo de comparticipação dos residentes açorianos para 15€ por passagem, Francisco César alertou que “com as restrições e um teto de 600 euros no custo elegível das viagens, os Açorianos poderão vir a pagar muito mais do que aquilo que pagavam.”

Na conclusão da sua intervenção, César questionou o Primeiro-Ministro sobre a omissão das promessas no Orçamento: “Ou se perderam algumas linhas do Orçamento, ou, também no caso dos Açores, a sua arte de agradar ficou-se pela sua arte de enganar. Em que ficamos?”

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