O vice-presidente da bancada parlamentar PS nos Açores, Carlos Silva, questionou o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre a dívida pública e a dívida a fornecedores, pedindo mais transparência, revelou hoje o partido.

Em comunicado, o PS fez saber que o também deputado entregou dois requerimentos na Assembleia Legislativa Regional por estar preocupado com o “significativo aumento da dívida comercial, assim como com o agravamento das contas do Setor Público Empresarial Regional (SPER)”.

No requerimento relativo às dívidas a fornecedores, o socialista quer saber, em 30 de setembro de 2024, qual o montante da dívida a fornecedores da administração regional direta e dos serviços e fundos autónomos, entre outros.

Carlos Silva questionou ainda quais “os montantes não pagos em 30 de setembro de 2024, relativos a todos os programas de apoio do Governo Regional dos Açores, por entidade executora” e pediu a desagregação da dívida não financeira das unidades de saúde de ilha, dos hospitais e empresas públicas empresarias.

Quanto à dívida financeira e novos empréstimos, o vice-presidente da bancada parlamentar PS nos Açores considerou que “o agravamento das contas do Grupo SATA, assim como os resultados negativos em 23 milhões de euros dos três hospitais, são sinais alarmantes da degradação das contas do SPER”.

“A apresentação de resultados negativos gera constrangimentos no regular e normal funcionamento da atividade e, consequentemente, a necessidade de capitalização que, em muitos casos, é feita com recurso ao crédito bancário”, referiu.

O socialista considerou ser “fundamental garantir mais transparência na gestão das finanças públicas regionais” e apela a uma “divulgação célere e completa da informação relativa à dívida, tanto financeira quanto a fornecedores”.

Citado no comunicado, o deputado disse que há “falta de clareza nos dados reportados pelo Governo Regional”, o que “dificulta a monitorização adequada da situação financeira e impede a adoção de medidas corretivas atempadas”.

Por isso, pede que o Governo dos Açores preste contas “de forma mais rigorosa e atempada, nomeadamente através de um reporte regular e acessível de todos os dados financeiros”.

PUB